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É possível falar sobre “redução de danos” com cannabis medicinal?



06/10/2023



Cannalize - Notícias Sobre Cannabis Medicinal e Muito Mais

Imagem: Freepik

 

Ao ouvir a expressão “redução de danos”, o significado mais comum será o conjunto de ações para diminuir o uso de entorpecentes e seus possíveis efeitos adversos. Quando pensamos em cannabis, também é comum associar isso com o uso adulto (popularmente chamado de recreativo).
 

Contudo, o termo também pode estar ligado com os fins medicinais da planta, uma vez que estudos estão comprovando que ela pode ser uma boa alternativa para controlar doenças e sintomas. Sendo assim, reduzir danos é também uma forma de ter uma vida mais saudável.

 

Segundo o médico André Domenici, o tratamento com cannabis é individual e pode depender da realidade fisiológica e psíquica de cada pessoa. O médico explica que alguns pacientes nem gostam dos efeitos psicoativos do tetrahidrocanabinol (THC), mas usam a substância para melhorar a tensão, o estresse e a qualidade do sono.

 

“Hoje quando falamos de uso adulto, estamos falando da liberdade de escolha de cada paciente. Pessoas com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade) podem ser um exemplo quando usam a cannabis para ajudar no foco e produtividade no trabalho, mesmo sem saber desse possível uso medicinal”, afirma o médico.
 

O que mais pode ser tratado com cannabis?

 

Alguns componentes da cannabis como o canabidiol (CBD) têm propriedades ansiolíticas. Se uma pessoa está muito agitada, a substância pode ser usada como calmante. 
 

insônia também pode ser tratada com canabinoides, inclusive com o THC. Os efeitos agem como reparadores do sono, e trazem menos danos para as pessoas, pois ter um descanso correto auxilia nas atividades diárias e pode ajudar prevenir algumas doenças.

 

Contudo, é importante ressaltar que o THC em altas quantidades e usado por longos períodos pode causar alterações no sono e na mente (como ansiedade e síndrome Amotivacional).

 

André alerta que o uso do tetrahidrocanabinol deve ser feito com segurança e se adequar ao cotidiano de cada paciente, não substituindo suas tarefas.

 

“É como um antidepressivo: se você não associa o medicamento à mudança do seu estilo de vida, não vai mudar muita coisa. Se você usar você ficará menos ansioso ou deprimido, mas o problema que o levou a esse quadro não será resolvido”, esclarece.
 

Dependência química
 

Vícios comuns em parte da população, como álcool, drogas e cigarros geralmente sucedem e prejudicam algum problema psiquiátrico prévio. Além de trazer uma possível redução no uso dessas substâncias, a cannabis medicinal acompanhada da psicoterapia pode ser uma opção de redução de danos.
 

Dependendo de qual for a doença “de base”, o canabidiol pode acalmar os pacientes e reduzir as chances de recorrer ao álcool, por exemplo. De acordo com o médico, pessoas que também consomem a cannabis em excesso e estão tendo complicações por conta disso, podem compensar o uso com o próprio CBD. 
 

Medicamentos convencionais X cannabis medicinal

 

Não são apenas drogas que podem causar dependência, esse efeito colateral pode ser associado a vários medicamentos vendidos em farmácias, como alguns opioides. Essa classificação inclui alguns produtos sintéticos usados para diminuir a dor, mas o uso descontrolado pode trazer diferentes complicações.
 

Em países onde a regulamentação do uso medicinal é mais avançada, pesquisas vêm mostrando que a cannabis reduz a quantidade de pessoas que usam opioides. Além disso, ela produz efeitos similares na redução de dor. Portanto é possível usar cannabis medicinal, e com isso, diminuir a dosagem destes medicamentos.
 

André explica que o mesmo vale para a dependência dos ansiolíticos classificados como benzodiazepínicos: como rivotril e diazepam. “Pacientes que usam esses medicamentos por muitos anos têm uma chance maior de desenvolver demências ou perda de memória”, explica.

 

Em sua área de atuação, ele enxerga a planta como uma potencial substituta para algumas medicações convencionais. É uma alternativa que traz menos efeitos adversos e pode ser mais benéfica para os pacientes a médio e longo prazo.

 

Como começar um tratamento com cannabis?

 

O primeiro passo para começar uma terapêutica com canabinoides sempre será passar por uma consulta com um profissional de saúde. Você pode fazer isso com ajuda da Cannect, o maior ecossistema de cannabis medicinal. 

 

Diariamente conectamos profissionais da saúde, pacientes, instituições de saúde, pesquisadores e fabricantes de medicamentos. Com base em evidências científicas, garantimos a segurança dos pacientes com o objetivo de tornar a terapia mais acessível para cada vez mais pessoas. 
 

Além disso, oferecemos uma série de soluções voltadas para viabilizar a prática clínica dos prescritores e, assim, facilitar seu dia a dia com os pacientes, como:
 

• Cannect Ciência

 

• Cannect Cuida

 

• Cannect Educa

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