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Qual a diferença entre cannabis medicinal e antidepressivos?



18/09/2023


Conversamos com um psiquiatra que nos ajudou a entender a ação e as diferenças das substâncias no organismo

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Qual a diferença entre cannabis medicinal e antidepressivos?
Foto: Freepik

De acordo com dados do Conselho Federal de Farmácia, a venda de antidepressivos aumentou 58% de 2017 a 2021. São remédios com prescrição médica utilizados para tratar principalmente ansiedade e depressão. 

Por outro lado, os remédios convencionais podem demorar para fazer efeito, além de trazer as mais variadas reações adversas, que vão desde dor de cabeça, vertigem e náuseas até ganho de peso, falta da coordenação motora e disfunção sexual. 

Uma opção que vem ganhando força no Brasil, são os produtos feitos à base de cannabis. Com efeitos colaterais menores, as importações de produtos para tratar condições da mente têm se destacado pelos pacientes.

Mas qual a diferença dos antidepressivos?

Conversamos com o psiquiatra João Victor Lorenzetti que nos ajudou a esclarecer melhor sobre este assunto. 

De acordo com o médico, os antidepressivos e a cannabis funcionam de maneiras diferentes. Enquanto os remédios convencionais trabalham modulando a neurotransmissão, a cannabis funciona através do Sistema Endocanabinoide.

Trata-se de um sistema presente em várias áreas do corpo e ajudam a restaurar o equilíbrio de algumas funções, como o humor, por exemplo.

“A diferença se dá pelo perfil de ação. Enquanto o foco da medicação psiquiátrica é em modulação das aminas (neurotransmissores) os óleos de CBD e derivados focam em modulação do Sistema Endocanabinoide”, ressalta.

 Ações diferentes

O psiquiatra acrescenta que, de maneira geral, os antidepressivos modulam principalmente a serotonina, dopamina e noradrenalina. Já a cannabis atua na anandamida e araquidonoilglicerol.

“Como consequência, isso estimula também os neurotransmissores clássicos (serotonina, dopamina, noradrenalina), mas de maneira predominantemente indireta.”, explica.

Lorenzetti ressalta que ambos têm segurança, tolerância e também efeitos colaterais a serem avaliados por profissional assistente e prescritor.

“Cannabis medicinal não vicia”

O médico ainda acrescenta que o CBD, quando controlado, pode ser um adjuvante no tratamento da depressão e da ansiedade. 

De acordo com o psiquiatra, a cannabis medicinal não vicia. E, inclusive, é tratamento de controle de danos, no caso de transtornos por abuso de substâncias.

Consulte um profissional

É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.

Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar na marcação de uma consulta, dar suporte na compra do produto até no acompanhamento do tratamento. Clique aqui.

Tainara Cavalcante

Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.