Qual a diferença entre cannabis medicinal e antidepressivos?

Qual a diferença entre cannabis medicinal e antidepressivos?

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As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

Conversamos com um psiquiatra que nos ajudou a entender a ação e as diferenças das substâncias no organismo

Qual a diferença entre cannabis medicinal e antidepressivos?
Foto: Freepik

De acordo com dados do Conselho Federal de Farmácia, a venda de antidepressivos aumentou 58% de 2017 a 2021. São remédios com prescrição médica utilizados para tratar principalmente ansiedade e depressão. 

Por outro lado, os remédios convencionais podem demorar para fazer efeito, além de trazer as mais variadas reações adversas, que vão desde dor de cabeça, vertigem e náuseas até ganho de peso, falta da coordenação motora e disfunção sexual. 

Uma opção que vem ganhando força no Brasil, são os produtos feitos à base de cannabis. Com efeitos colaterais menores, as importações de produtos para tratar condições da mente têm se destacado pelos pacientes.

Mas qual a diferença dos antidepressivos?

Conversamos com o psiquiatra João Victor Lorenzetti que nos ajudou a esclarecer melhor sobre este assunto. 

De acordo com o médico, os antidepressivos e a cannabis funcionam de maneiras diferentes. Enquanto os remédios convencionais trabalham modulando a neurotransmissão, a cannabis funciona através do Sistema Endocanabinoide.

Trata-se de um sistema presente em várias áreas do corpo e ajudam a restaurar o equilíbrio de algumas funções, como o humor, por exemplo.

“A diferença se dá pelo perfil de ação. Enquanto o foco da medicação psiquiátrica é em modulação das aminas (neurotransmissores) os óleos de CBD e derivados focam em modulação do Sistema Endocanabinoide”, ressalta.

 Ações diferentes

O psiquiatra acrescenta que, de maneira geral, os antidepressivos modulam principalmente a serotonina, dopamina e noradrenalina. Já a cannabis atua na anandamida e araquidonoilglicerol.

“Como consequência, isso estimula também os neurotransmissores clássicos (serotonina, dopamina, noradrenalina), mas de maneira predominantemente indireta.”, explica.

Lorenzetti ressalta que ambos têm segurança, tolerância e também efeitos colaterais a serem avaliados por profissional assistente e prescritor.

“Cannabis medicinal não vicia”

O médico ainda acrescenta que o CBD, quando controlado, pode ser um adjuvante no tratamento da depressão e da ansiedade. 

De acordo com o psiquiatra, a cannabis medicinal não vicia. E, inclusive, é tratamento de controle de danos, no caso de transtornos por abuso de substâncias.

Consulte um profissional

É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.

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