Agora é verdade. A Comissão de Narcóticos, o órgão executivo sobre políticas de drogas das Nações Unidas realizou a votação hoje (2 de dezembro) e reconheceu as propriedades medicinais da cannabis.
Em uma reunião realizada em Viena, um total de 53 países votaram pela retirada da cannabis e suas tinturas da lista de drogas. A maioria dos votos positivos foram do ocidente, como quase todos os países da União Europeia e também muitos das Américas.
Países da Ásia e da África se opuseram a pauta. No entanto, um total de 27 votos favoráveis foram decisivos para a votação.
A cannabis estava classificada na lista de I a IV de drogas na ONU, sendo a última categoria para drogas mais perigosas.
A votação retirou a cannabis da Lista IV da Convenção sobre drogas de 1961. A planta era igualada a substâncias como a heroína, que atribuía baixo valor médico.
A pauta veio depois de quase dois anos, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu as propriedades medicinais da cannabis e recomendou que ela fosse retirada da lista IV.
É importante ressaltar que a recomendação foi sugerida depois de um estudo crítico sobre os prós e contras. Agora, a planta é oficialmente reconhecida por seu valor terapêutico.
A alteração da lista irá facilitar novas pesquisas com a planta, que serve para tratar uma série de doenças, como epilepsia refratária, Parkinson e Alzheimer.
Além da pauta, a reunião também colocou em votação outros assuntos relacionados a cannabis que não foram adiante, como:
A decisão focou na cannabis medicinal. O uso recreativo continua fora da pauta.
Dos países que votaram contra estavam Rússia, China, Paquistão e claro, o Brasil. Que alegaram que a flexibilização da cannabis poderia trazer uma “ideia errada” às pessoas.
O Brasil foi representado pelo embaixador brasileiro em Viena, José Antônio Marcondes de Carvalho.
Desde julho o Brasil já havia deixado claro a sua posição. Em uma reunião feita pela Comissão de Narcóticos sobre o tema na época, a Comissão Nacional de Políticas de Drogas (CONAD) do Brasil ressaltou que a posição contrária do país está de acordo com a Secretaria Nacional de Políticas das Drogas, do Ministério da Cidadania, liderado por Quirino Cordeiro.
Em nota, o órgão disse que os motivos são “razões técnicas e científicas contrárias à redução do controle internacional da maconha”. O órgão acrescentou ainda, que a posição é a mesma para a reunião do final do ano, quando acontecerá a votação definitiva sobre os temas.
Lembrando que a nova decisão da ONU não obriga os países adotarem a cannabis, mas facilita relações internacionais.
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Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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