Presidente da Colômbia pede a legalização da cannabis

O país produz e exporta mais de R$60 mi de cannabis medicinal para o mundo todo desde 2016. Mas as autoridades ainda não permitem o cultivo para fins medicinais.

Imagem: AFP

Neste domingo (2), o presidente colombiano, Gustavo Petro, pediu ao Congresso pela legalização da maconha no país. Atualmente, o cultivo é permitido apenas para fins medicinais.

“Solicito ao Congresso da Colômbia que legalize a maconha e tire esse cultivo da violência. A proibição da maconha na Colômbia só traz violência”, escreveu em um post no X (antigo Twitter.

O chefe de estado ainda argumentou que a proibição aumenta a violência no país. 

Petro ainda destacou que isso não muda o fato de que o país continuará a colaborar com outros governos sobre a apreensão de cocaína, na lavagem de dinheiro e na prisão de grandes chefes de tráfico. Atualmente o país é o maior produtor de cocaína do mundo.  

Segundo um relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), a produção de cocaína na Colômbia aumentou 53% em 2023, chegando a 2.600 toneladas anuais.

Mas ao que parece, a publicação foi apagada sem nenhum motivo aparente. Contudo, essa não é a primeira vez que Petro defende a legalização. No início de seu governo, em 2022, o presidente propôs ampliar as permissões do uso da cannabis.

Mercado medicinal forte

Mesmo permitindo apenas o cultivo medicinal de cannabis, o país já fatura um bom dinheiro, principalmente do Brasil. Só em 2023, por exemplo, o país vendeu um total de R$19 milhões (U$3,4 milhões) de remédios feitos com a planta.  

O número equivale a 32% do total de exportações feitas pelo país naquele ano, que vendeu R$60,5 milhões (US$10,8 milhões) de produtos derivados da cannabis para o mundo todo.

No ano passado, o presidente também utilizou o X para falar sobre o assunto.  “Completamos 12 países para os que exportamos cannabis. O Congresso pode dar o passo para a legalização para aprovar o mercado mundial e melhorar substancialmente o equilíbrio comercial.”, escreveu em 26 de agosto de 2024.

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