O uso da cannabis medicinal tem crescido de forma exponencial no Brasil Hoje, os brasileiros utilizam desde o tratamento de crises epilépticas até a dores de cabeça.
Por outro lado, a maconha também é a droga ilícita mais consumida no país. Por isso, é bem possível que o óleo seja administrado junto ao fumo em alguns casos.
Então, será que tem problema usar as duas formas juntas?
Foto: Freepik
A maconha tem predominância de THC (Tetrahidrocanabinol), composto que gera a famosa alta.
Apesar de ser uma substância psicodélica, ela não é uma vilã. Em muitos casos é utilizada para o tratamento de condições como dores crônicas, espasticidade e Alzheimer.
Por outro lado, a maioria dos remédios são feitos com uma quantidade maior de CBD (Canabidiol), que interage no organismo de forma diferente.
Por isso, os remédios feitos com o CBD costumam não “chapar” ninguém.
De acordo com o diretor médico da Cannect, Rafael Pessoa, o uso em conjunto não muda muita coisa. A cannabis não é um tratamento para um problema específico, mas ela pode atuar em todo o corpo.
Em alguns casos, o uso fumado pode até ser útil, pois ao contrário do óleo, atua de forma imediata. Ideal para crises, espasmos e dores fortes que precisam de resultados rápidos.
Por outro lado, como no caso do cigarro de nicotina, a combustão do fumo é prejudicial para os pulmões. Sem contar que o THC também pode agravar algumas situações, como ansiedade, por exemplo. Por isso, fique atento.
Alguns médicos até recomendam a vaporização da cannabis para efeitos mais rápidos. Mas nada de colocar o óleo dentro do vape, essa vaporização é feita com flores de CBD em vaporizadores específicos para isso.
É importante lembrar, que as flores foram proibidas por uma portaria da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), portanto, não é possível mais usar o método. Isso sem contar que os famosos cigarros eletrônicos sempre foram proibidos.
E não, não há nenhuma brisa ou sensação em fumar CBD. Até porque os efeitos da maconha estão principalmente no THC.
Não vamos nos enganar, a maconha também também pode causar dependência. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o abuso da planta em forma de cigarro pode causar vício leve ou moderado.
No entanto, o óleo de CBD também pode ser a solução. Há até estudos que mostram isso. A pesquisa publicada na revista The Lancet em 2020, por exemplo, conduziu testes com 48 pessoas que fizeram o uso recreativo por quatro semanas.
Os voluntários foram divididos em quatro grupos que tomaram doses diferentes do óleo de canabidiol.
Desde a segunda fase, os cientistas divulgaram que não houve nenhum efeito colateral e foi comprovado que o possível remédio é seguro.
Uma empresa de cannabis até lançou cigarros de CBD para quem quer parar de fumar nicotina. Produto que fez sucesso até mesmo no Brasil.
O CBD serve para uma série de condições médicas. Isso porque ele atua no chamado Sistema Endocanabinoide, um sistema que ajuda a restaurar a homeostase, ou seja, o equilíbrio das funções do corpo.
Através dos chamados canabinoides, ele sinaliza que algo está errado e precisa ser corrigido. A cannabis também possui canabinoides, que atuam de forma semelhante aos nossos.
O canabidiol, por exemplo, possui efeitos analgésicos, neuroprotetores e anti-inflamatórios, que podem trabalhar na raiz do problema.
Por trabalhar com substâncias que o corpo também produz, a cannabis é bem aceita pelo organismo. Dessa forma, os efeitos colaterais são mínomos, como sonolência, náuseas e diarreia. Há pacientes que não sentem nada.
O CBD é legal desde 2015, quando as importções passaram a ser reguladas pela Anvisa. Dois anos depois, a agência também permitiu a venda nas farmácias.
Em ambos os casos, só é possível adquirir os produtos á base de cannabis com uma prescrição. Se o produto for importado, ainda será necessário uma “autorização excepcional de importação” emitida pelo órgão.
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um médico, que poderá te orientar de forma específica e inclusive, indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a achar um médico prescritor até o processo de importação do produto. Clique aqui.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduada na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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