A terapia com o óleo de Canabidiol (CBD) tem crescido no Brasil nos últimos anos. Só em 2021 foram mais de 40 mil solicitações para a importação de produtos para mais de 40 tipos de tratamentos diferentes.
Contudo, por ser derivado da cannabis, ainda possui uma série de tabus e dúvidas. Em julho do ano passado, por exemplo, um vestibulando foi reprovado na terceira fase da inspeção de saúde do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) por causa do óleo.
O CBD, usado pelo estudante para o tratamento de insônia, foi identificado no organismo do estudante e causou a sua reprovação.
O Canabidiol tem se destacado por ser uma terapia mais natural e com menos efeitos colaterais, comparado a outros medicamentos. Há casos em que os pacientes deixam de lado os remédios e ficam apenas com a cannabis.
Ainda assim, a insegurança é grande.
De acordo com o médico-cirurgião Rafael Pessoa, a duração da cannabis no organismo pode variar de acordo com as substâncias, conhecidas como canabinoides.
O Tetrahidrocanabinol (THC), componente que gera os efeitos alucinógenos da maconha, por exemplo, tem uma duração diferente do CBD.
O médico também ressalta que não é porque a cannabis pode ser detectada no organismo que ela ainda continua tendo efeito.
As substâncias da planta podem continuar no corpo horas e até dias depois de influenciar o nosso Sistema Endocanabinoide.
A chamada meia-vida do canabidiol, o tempo em que ele pode ser eficaz, é de até cinco dias, dependendo da forma de administração. Mas após esse período, ele ainda pode ser detectado.
De acordo com os estudos disponíveis até agora, o Canabidiol pode ser encontrado na urina até 24 horas depois da administração e até sete dias depois no sangue.
Já o Tetrahidrocanabinol pode ser detectado no sangue até 25 dias depois de usado e até 30 dias após na urina.
Alguns estudos também já mostraram que é possível perceber a presença de THC na saliva 30 dias depois e até 90 dias no cabelo.
Contudo, esse tempo pode depender de acordo com uma série de fatores, como o perfil de metabolização de cada paciente, se a pessoa faz uso crônico ou muito esporádico e até se a pessoa está tomando doses muito altas.
“O uso esporádico tende a ser eliminado mais rápido”, completa o médico.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Facom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós doutoranda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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