Agora com o novo governo, o país sul-americano começa a se movimentar para romper barreiras em relação à cannabis.
A legalização da maconha está em pauta na Colômbia. Com claro posicionamento do atual governo, o país já estuda implementar algumas medidas favoráveis à planta.
A ideia da vez é a liberação para plantar a erva. Gustavo Petro, o novo presidente colombiano, planeja autorizar o cultivo como uma tentativa de combater a atuação do tráfico local.
Historicamente, o comércio ilegal de drogas é um grande problema enfrentado pelo país. Ainda em sua campanha, Petro já ressaltava a intenção de enfrentar essa questão.
“Vamos conversar: o que acontece se a cannabis for legalizada na Colômbia sem licenças? Como plantar milho e batata”, questionou em reunião com prefeitos de cidades do sudoeste.
Confira: Como anda o processo de legalização na Colômbia?
Foto: Juan Barreto/AFP
Candidato à presidência em outras duas oportunidades, Gustavo Petro, de 62 anos, é o principal líder da esquerda colombiana.
Ele ficou conhecido por ser um ex-combatente do grupo guerrilheiro M-19 (Movimento 19 de Abril), que atuou no país nas décadas de 1970 e 1980.
Ainda nessa época, aos 21 anos, Petro iniciou a sua carreira política, no cargo de vereador. Posteriormente, foi senador e prefeito de Bogotá, capital do país sul-americano.
O novo presidente se define como um “esquerdista progressista” e tem projetos para mudar o modelo econômico atual, implementar medidas sobre a igualdade de gênero, adaptar o sistema das forças de segurança e colocar em prática uma reforma tributária.
Gustavo acredita que a guerra às drogas fracassou, portanto pretende rever os conceitos sobre as substâncias e avançar para um cenário que atenda ao mundo atual.
Em seu plano de governo, ele garantiu que irá impulsionar a cadeia de valor da cannabis no decorrer do mandato.
“O país precisa avançar para um novo paradigma que combine as vontades globais e latino-americanas, em direção a uma agenda internacional baseada nos direitos humanos e na construção da paz”, afirma o presidente.
Além disso, Petro também quer implementar um comércio internacional da erva, e foca em ajudar os pequenos produtores.
“A produção de cannabis e derivados terá um marco legal que privilegia as licenças e apoio técnico comercial às famílias produtoras, garantindo que os pequenos proprietários e cooperativas participem deste mercado”, conclui.
Veja também: Deputados do Chile terão que fazer testes de drogas semestralmente
A medida passa por outra preocupação do presidente colombiano: a superlotação das cadeias locais.
Segundo ele, um dos principais motivos disso é a criminalização do comércio da erva para fins recreativos no país.
“Se legalizar a cannabis, vamos manter toda essa gente presa em prisões superlotadas ou chegou a hora de soltá-las?”, indagou no seu discurso de posse.
Entenda: Mais da metade das Américas já extinguiu a prisão por maconha
Desde a década de 1970, a legislação colombiana é bastante rígida em relação às drogas, devido aos conflitos com o narcotráfico.
Porém, o cenário começou a mudar a partir de 2012, quando o país descriminalizou o porte de até 20 gramas de cannabis.
Já em 2016, foi permitido o cultivo, a fabricação, a importação e a exportação da erva para fins medicinais, desde que haja uma licença fornecida pelo governo.
Atualmente, a Colômbia está entre os locais que mais produzem a planta no setor. Segundo dados da New Frontier Data, publicados em 2020, a indústria canábica atraiu mais de US$500 milhões para o país.
Muitos não sabem, mas no Brasil é sim permitido se tratar com a cannabis medicinal.
Para conseguir isso, é importante se consultar com um médico prescritor, que poderá indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
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Gustavo Lentini
Jornalista e produtor de conteúdo da Cannalize. Apaixonado por futebol e pela comunicação.
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