Pirula sofre AVC: como a cannabis pode ajudar?

Pirula sofre AVC e está na UTI. Saiba o que aconteceu e como a cannabis pode ajudar na recuperação de pacientes com sequelas neurológicas

Pirula sofre AVC: Como a cannabis pode ajudar?

Na última semana de maio de 2025, o biólogo e youtuber Pirula sofreu um AVC (acidente vascular cerebral) e está internado na UTI de um hospital em São Paulo. A notícia preocupou fãs, colegas da divulgação científica e a comunidade médica.

Pirula, nome artístico de Paulo Miranda Nascimento, é um dos maiores divulgadores científicos do Brasil. Com mais de 1 milhão de inscritos em seu canal no YouTube, ele é conhecido por vídeos que explicam ciência, meio ambiente e temas sociais. Também participa do podcast “Os Três Elementos”, com Carlos Ruas, Emílio Garcia e Mila Massuda.

O que aconteceu com Pirula?

O AVC ocorreu na noite de 25 de maio. Segundo relatos de amigos, o atendimento foi rápido, o que ajudou a evitar complicações mais graves. Pirula está estável, mas ainda sem previsão de alta. Uma campanha de arrecadação foi criada para ajudar nas despesas médicas e manter suas redes ativas durante a recuperação. As informações estão no site oficial pirulla.com.br.

O que é um AVC?

O Acidente Vascular Cerebral ocorre quando o fluxo de sangue para o cérebro é interrompido. Isso pode acontecer de duas formas:

AVC isquêmico: um coágulo bloqueia um vaso. É o tipo mais comum.

AVC hemorrágico: um vaso se rompe, causando sangramento no cérebro.

Ambos exigem atendimento urgente. Quanto mais cedo for o socorro, maiores são as chances de recuperação sem sequelas graves.

Como identificar um AVC

Saber reconhecer os sinais salva vidas. Fique atento a:

Fraqueza ou formigamento em um lado do corpo

Dificuldade para falar ou entender

Perda de visão repentina

Dor de cabeça forte e súbita

Tontura e perda de equilíbrio

Use o método SAMU:

Sorriso torto

Abraço fraco de um lado

Mensagem confusa ou fala enrolada

Urgente: ligue 192 imediatamente

Como prevenir um AVC

A prevenção envolve hábitos saudáveis:

Manter a pressão sob controle

Praticar exercícios físicos

Ter uma alimentação balanceada

Evitar o cigarro e o excesso de álcool

Tratar doenças como diabetes e colesterol alto

Leia também: Após dois AVCs, paciente volta a andar com a ajuda do CBD

Como a cannabis pode ajudar na recuperação

Após o AVC, muitos pacientes enfrentam dores, espasmos musculares, insônia e até depressão. Nesses casos, o uso de cannabis medicinal pode ser um aliado no tratamento.

O canabidiol (CBD), principal composto terapêutico da cannabis, tem propriedades:

Neuroprotetoras: pode ajudar na recuperação cerebral

Analgésicas: reduz dores crônicas

Ansiolíticas: alivia ansiedade e insônia

Relaxantes musculares: ajuda com espasticidade e rigidez

Pesquisas também sugerem que o CBD pode estimular a neuroplasticidade — a capacidade do cérebro de se reorganizar — essencial na reabilitação.

Superação e desafios após o AVC

Um bom exemplo de superação é a história de Ivandiely Menezes, uma paraibana que sofreu um AVC isquêmico em 2017. Em uma reportagem do G1, ela destaca os desafios enfrentados na recuperação e reintegração à sociedade.

Após o acidente vascular cerebral, Ivandiely enfrentou dificuldades físicas decorrentes da condição, como espasmos na perna e dificuldade de abrir as mãos.

Ivandiely Menezes hoje, cinco anos depois do AVC — Foto: Arquivo Pessoal

Apesar dos obstáculos, a paraibana encontrou força na fé, no apoio de sua família e na cannabis medicinal. À Cannalize, Ivandiely revelou que procurou o canabidiol (CBD) quando percebeu que não obteve resultados com o medicamento prescrito pelo médico.

“Meu neurologista conhecia os benefícios da cannabis e me prescreveu. Hoje, uso há mais de 5 anos e notei uma melhora significativa: não tenho mais espasmos na perna e a espasticidade na mão diminuiu consideravelmente”, contou.

Uso seguro e com prescrição médica

O uso da cannabis medicinal precisa ser orientado por um profissional de saúde habilitado. No Brasil, é possível acessar produtos com autorização da Anvisa e receita médica.

Cannabis não substitui os tratamentos convencionais, mas pode ajudar a aliviar sintomas e acelerar a recuperação, sempre com acompanhamento clínico.