Um novo estudo lançado pelo King’s College London visa preencher a lacuna entre a cannabis e os benefícios e/ou riscos para saúde mental, com resultados iniciais a serem publicados em 2023/24.
O King’s College London, classificado como uma das 10 melhores universidades do Reino Unido, anunciou recentemente que lançaria um estudo para examinar os efeitos da cannabis na saúde mental.
O estudo será liderado por Marta di Forti, Membro Clínico Sênior do Conselho de Pesquisa Médica (MRC), que realizou pesquisas baseadas em cannabis no passado.
“Desejamos alcançar aqueles que usam cannabis, em particular aqueles que se beneficiam dela. Sem ajuda deles, continuaremos a ter um debate polarizado, com alguns achando que tudo é ruim e deveria ser proibido, e outros acreditando que por ser uma planta não existem efeitos adversos”, disse di Forti, em comunicado oficial do estudo.”
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O estudo, chamado “Cannabis & Me (CAMe)”, é totalmente financiado pelo King’s College London. Di Forti inicialmente submeteu-o ao MRC em 2019, sendo aprovado em 2020 com uma doação de 13 milhões de reais.
“A pandemia atrasou o início do projeto. O estudo envolve várias colaborações e laboratórios, todos afetados pelo COVID. Finalmente, estamos prontos para começar”, explicou di Forti. A pesquisa deve durar cinco anos, com resultados iniciais publicados em 2023.
Na descrição do projeto, os autores explicaram a necessidade de mais pesquisas à luz do rápido aumento de consumidores em todo o mundo.
“Portanto, em um momento em que o uso de cannabis está aumentando em todo o mundo, este estudo se concentra em entender o impacto mais amplo do uso de cannabis na saúde física e mental dos usuários”.
Como vai funcionar?
O estudo incluirá seis mil participantes com idades entre 18 e 45 anos e que devem residir em Londres. Eles serão obrigados não apenas a participar de uma avaliação on-line, mas também devem concordar com uma pesquisa presencial, doação de amostras de sangue e uma experiência de realidade virtual (que será usada para medir a resposta fisiológica de um indivíduo a situações específicas).
Os participantes serão escolhidos para entrevistas pessoais com base no consumo atual de cannabis ou que “nunca/poucas vezes” experimentaram a planta.
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O principal objetivo do estudo é entender por que uma minoria de usuários de cannabis experimenta efeitos psicológicos adversos e cognitivos.
“Se pudermos identificar os fatores ambientais e biológicos que tornam uma minoria suscetível a efeitos adversos ao usar cannabis diariamente, seja por motivos medicinais ou adultos, podemos informar a prescrição segura e o monitoramento de efeitos colaterais”, disse di Forti.
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um médico, que poderá indicar qual o melhor tratamento para o seu caso.
Se precisar de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado para esclarecer suas dúvidas, além de auxiliar desde a prescrição até a importação do produto. Tire suas dúvidas.
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Arthur Pomares
Jornalista e produtor de conteúdo da Cannalize. Apaixonado por café, futebol e boa música. Axé.
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