Pesquisa sobre cannabis e Covid Longa será feita com CBD aprovado pela Anvisa

Pesquisa sobre cannabis e Covid Longa será feita com CBD aprovado pela Anvisa

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O aval da Anvisa trouxe mais confiança aos pesquisadores e pacientes, além de trazer uma credibilidade maior ao estudo.

No último mês, a Universidade de São Paulo (USP) iniciou a terceira fase de um estudo sobre o uso da cannabis no tratamento da Covid Longa. A chamada fase três se resume no recrutamento e teste em pessoas reais.

O óleo usado na pesquisa será um produto da Verdemed, recentemente aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a comercialização nas farmácias.

O óleo de Canabidiol (CBD) de 50mg/ml foi aprovado no final do mês passado, mas segundo a empresa, só chegará às drogarias no segundo trimestre do próximo ano. 

Contudo, ele será disponibilizado para a universidade concluir os testes.

Embora o extrato já estivesse na mira dos pesquisadores, o aval do órgão dará mais segurança para os médicos e pacientes, além de dar mais segurança aos resultados, segundo o coordenador do estudo Edimar Bocchi à Folha de S. Paulo.

Foto: Getty Images

Outras pesquisas

Em paralelo, a USP também está realizando outro estudo com o óleo fornecido pela farmacêutica. 

No meio do ano, o Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da universidade anunciou uma pesquisa sobre o uso do CBD em tratamentos de insuficiência cardíaca.

O objetivo da pesquisa é melhorar tanto a saúde clínica quanto psíquica dos 105 pacientes do instituto, que serão acompanhados por dois anos. 

Coordenado pelo cardiologista Bruno Biselli e também por Edimar Bocchi, a pesquisa será medida através das respostas dos pacientes ao óleo e ao placebo. 

Incentivo à estudos com a cannabis

No mês passado, três universidades públicas do Brasil obtiveram um total de 15 milhões de reais para utilizar o canabidiol em seis estudos diferentes. O objetivo é testar as propriedades medicinais da substância em algumas doenças.

O incentivo às pesquisas são de outra empresa do ramo, a farmacêutica canábica Greencare. O valor será destinado tanto à USP quanto à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e também para a Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

No final de fevereiro, a empresa já havia anunciado um aporte de 40 milhões de reais para ampliar a sua equipe de consultores, investimentos em pesquisas e até para a construção de fábricas.

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