O partido de foco único recebeu entre 2% e 7% dos votos do Senado na maioria dos estados e por pouco não conseguiu um assento em Queensland.
O Partido Legalize Cannabis, anteriormente conhecido como Help End Marijuana Prohibition (HEMP), mostrou resultados surpreendentemente fortes nas eleições para o Senado australiano nesta semana.
Embora tenha perdido por pouco um assento no Senado em Queensland, onde teve o melhor desempenho (e há o maior número de adeptos), o grupo obteve ganhos e aumentou seu sucesso no ano passado quando conquistou dois assentos na Câmara.
O Legalize Cannabis defende a “reforma positiva das políticas relacionadas à cannabis para fins medicinais e adultos” desde o final da década de 1990.
Eles já têm a experiência necessária para conduzir uma campanha de base inteligente – o que valeu a pena este ano.
Mas será que esse sucesso nas urnas significa que a Austrália está pronta para legalizar a cannabis durante o mandato de Anthony Albanese, 31° ministro do país?
Muitos não têm tanta certeza disso – ressaltando que, apesar do aumento no apoio nos últimos anos, há outros fatores em jogo.
Em 2019, apesar de uma ligeira vantagem pró-cannabis nas pesquisas nacionais, 78% dos entrevistados disseram que não usariam a planta mesmo que fosse legal.
Um cenário semelhante ocorreu nas eleições de 2020 na Nova Zelândia, quando a pauta da legalização da cannabis também estava em votação.
É fácil esquecer, principalmente quando se está dentro da bolha, que muitos assuntos básicos relacionados à cannabis ainda são estranhos para quem está fora dela.
Apesar de um número cada vez maior de pessoas curiosas com o tema, a maré não mudou nem mesmo em países como Estados Unidos e Alemanha – possivelmente os dois países mais próximos de uma reforma federal completa.
Muitos legisladores querem mais evidências para respaldar seu apoio – geralmente pedindo mais estudos ou uma abordagem gradual que comece com a “reforma médica” primeiro. Isso estabelece uma infraestrutura da indústria (Alemanha como o principal exemplo disso).
O problema (particularmente na Europa) é que isso não resolve os problemas enfrentados pelos pacientes – desde a acessibilidade à descriminalização da posse.
Arthur Pomares
Jornalista e produtor de conteúdo da Cannalize. Apaixonado por café, futebol e boa música. Axé.
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