Dia do Orgulho autista os benefícios da cannabis
Hoje é o dia do Orgulho Autista, uma data que visa levantar debates que valorizam a neurodiversidade e desafiam estigmas antigos. Um desses tabus é o uso da cannabis medicinal no tratamento do Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O tema que chamou atenção dos pacientes e da comunidade médica, já está ganhando respaldo cientítico e mudando a forma como profissionais de saúde e famílias encaram o cuidado com pessoas autistas.
Contudo, a neuropediatra Dra. Fernanda Moro, especialista em cannabis medicinal, explica que muitos pacientes chegam ao tratamento apenas depois de várias tentativas frustradas com medicamentos convencionais.
“Geralmente são casos graves, como epilepsia ou atraso global do desenvolvimento, que não respondem bem às medicações tradicionais. No TEA, há ainda uma tendência à hipermedicalização, o que leva as famílias a buscar alternativas mais seguras e eficazes”, afirma.
O primeiro passo, segundo a médica, é encontrar profissionais abertos à abordagem canabinoide. Ela recomenda procurar médicos prescritores ou se informar, inclusive nas redes sociais, sobre a postura do profissional antes mesmo de agendar uma consulta.
“É uma forma de evitar frustrações e encontrar um caminho terapêutico mais alinhado às necessidades do paciente.”
Entre os sinais positivos de resposta ao tratamento com cannabis, a Dra. Fernanda cita melhorias na comunicação, socialização, concentração e qualidade do sono.
“A percepção da família, terapeutas, escola e até da própria criança é fundamental para avaliar os avanços. É muito visível quando o tratamento está no caminho certo.”
Durante esse processo, o papel da família também deve ser ressignificado. “É preciso evitar que a mãe fique sobrecarregada. A responsabilidade pelo cuidado deve ser compartilhada entre pais, cuidadores, terapeutas e médicos, tornando o ambiente mais acolhedor e funcional.”
Um estudo recente citado pela especialista mostrou que níveis baixos de anandamida — um endocanabinoide natural — no cordão umbilical podem indicar predisposição ao autismo desde a vida fetal.
“Isso reforça que o TEA não é apenas uma condição comportamental, mas um distúrbio neurológico de origem profunda, que pode se beneficiar de terapias direcionadas ao sistema endocanabinoide”, conclui.
Dessa forma, falar de orgulho autista também é falar de acesso a tratamentos que respeitam a individualidade e ampliam as possibilidades de desenvolvimento. Combater o preconceito e promover a informação são passos essenciais para garantir que mais pessoas autistas recebam cuidados eficazes, humanizados e baseados na ciência.
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Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduada na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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