O óleo rico em CBD é uma das formas de utilização mais comuns da cannabis para fins terapêuticos. Você sabia que o óleo de CBD pode ser usado para ajudar no tratamento de várias doenças? Ou até mesmo que já é feito o uso do óleo em animais?
Para tirar algumas dúvidas, iremos falar durante esse artigo sobre como o óleo de CBD é produzido, para que serve, seus potenciais efeitos e benefícios, contra-indicações, processo de legalização no Brasil e muito mais!
O óleo de CBD é apenas uma das formas de se utilizar o canabidiol, sendo a maneira mais usada, estudada e difundida como método de tratamento com cannabis medicinal. Porém, vale ressaltar que o óleo de CBD natural, também conhecido como óleo de CBD full spectrum, não contém apenas o canabidiol.
Uma vez que extraído naturalmente da planta Cannabis, é inviável garantir a concentração apenas de CBD no óleo. Portanto, também possui uma porcentagem do canabinóide tetra-hidrocanabinol-THC presente em sua fórmula.
Ainda durante esse artigo, explicaremos melhor como ocorre essa extração, a variação da porcentagem de THC no óleo e mais algumas curiosidades sobre o óleo de CBD.
O que você imagina ao ler “óleo de CBD”?
Para a grande maioria, o termo se refere a um produto que é feito único e exclusivamente do CBD, ou seja, do canabidiol. Porém, não é bem assim.
O Full Spectrum é o óleo de CBD natural extraído da planta mantendo todas as suas propriedades e canabinóides, como a concentração do CBD, além da presença do THC.
Esse tipo de óleo vem sendo amplamente estudado e difundido como ação terapêutica para diversos tipos tratamentos. O óleo de CBD full spectrum carrega todo esse potencial justamente por conter em sua fórmula todos os canabinódeis, tais como os já citados CBD e THC, dentre outros, além de terpenos e flavonóides contidos na planta da Cannabis.
A junção desses canabinóides com os outros elementos é potencializadora por si e produzem efeitos que só são capazes de acontecer exatamente pela junção das propriedades quando extraídas naturalmente. Esse mecanismo também é conhecido como efeito entourage.
Já o óleo de CBD sintético pode ser manipulado em laboratório, isto é, pode levar em sua composição o isolamento total do canabidiol. Entretanto, esse fator anula a eficácia acerca de todos os benefícios terapêuticos e medicinais do produto.
Como anteriormente explicado, os benefícios estudados estão ligados ao produto extraído de forma natural, mantendo todas as suas propriedades e canabinóides. O sintético tem sua aplicação muito limitada e não produz os mesmos efeitos que o óleo full spectrum.
Durante esse artigo, iremos analisar sobre o assunto e falar especificamente sobre o óleo de CBD Full Spectrum.
O óleo pode servir para diversos tipos de tratamento e comprovadamente demonstra ter muitos benefícios em potencial.
O CBD é comumente utilizado para combater a ansiedade e também vem sendo indicado para pacientes que sofrem com a insônia.
Neste Relatório da Organização Mundial da Saúde encontramos as propriedades do canabidiol que resultam em benefícios terapêuticos, tais como:
Essas propriedades podem ajudar no tratamento de doenças, tais como:
Para conhecer todos os possíveis efeitos, benefícios e possibilidades de tratamento utilizando o CBD como potencial terapêutico.
Sim. O óleo de CBD é composto pelo integral conteúdo natural da planta (canabinóides, terpenos e flavonóides) e passa por um processo de extração e posterior diluição por algum óleo essencial, tais como, o azeite biológico, óleo de coco orgânico ou óleo de semente de cânhamo orgânico.
Além disso, o óleo pode ser produzido com diferentes sabores e em diversas proporções de concentração do próprio CBD. Por isso, o produto final pode variar bastante dependendo do objetivo do uso ou até mesmo o gosto pessoal de quem o utiliza.
Não. O “barato” está ligado ao fator psicoativo encontrado em substâncias como o THC, mas não no CBD. O CBD não é psicoativo, não gera efeitos alucinógenos.
Cumpre esclarecer que ao utilizar o óleo de CBD full-spectrum, a quantidade de THC em sua composição é baixíssima, não sendo capaz de produzir efeitos alucinógenos.
Logo, não existem chances ou riscos quando se ingere o óleo de CBD em quantidade adequada e que foi receitada por um médico, no que se refere a possibilidade de um efeito alucinógeno.
O CBD não é viciante. Mais do que isso, ele foi estudado como uma possibilidade de intervenção para comportamentos aditivos, uma vez que pode ter propriedades terapêuticas que auxiliam no tratamento no vício em opióides (compostos químicos psicoativos), cocaína e psicoestimulantes.
Um estudo realizado no ano de 2015 pela Neurotherapeutics demonstra que o canabidiol pode ser uma substância promissora nesse sentido.
Os pesquisadores descobriram que alguns dos sintomas ocasionados pelo abuso de substâncias podem frequentemente ser reduzidos pela utilização do canabidiol, sugerindo que o CBD pode ser usado para reduzir os sintomas de abstinência ou mesmo para evitá-los.
O CBD pode ser usado em cosméticos, suplemento alimentar, de forma recreativa e medicinal. No Brasil, a forma autorizada para o uso de CBD é através da ingestão do óleo para fins medicinais
É importante alinhar com o seu médico o nível de concentração de CBD contido no óleo, dose recomendada e até mesmo a melhor forma de ingerir o produto.
Geralmente, o óleo é aplicado embaixo da língua na dose recomendada pelo médico. Este é o método mais prático e também o mais testado, estudado e indicado.
Para começar, vale reforçar a importância de se consultar um médico ao analisar a possibilidade de fazer uso do óleo de canabidiol. Além de entender fatores como a dosagem do medicamento, o profissional também irá alertar sobre possíveis contraindicações.
Para exemplificar, algumas contraindicações podem ser levadas em consideração, como os efeitos colaterais que o uso do óleo de CBD pode gerar, tais como:
Está claro que o uso do óleo de CBD está relacionado a expectativa de ajuda no tratamento de algumas doenças e uso terapêutico. Porém, existem contraindicações claras à alguns pacientes referentes ao uso do óleo de canabidiol, tais como:
Recentemente as normas para importação do óleo de CBD foram simplificadas. Assim sendo, apenas pessoas com receita médica podem fazer a importação excepcional do produto, que é controlado no Brasil. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabelece normas para a importação e uso de produtos que contenham de canabidiol.
Portanto, o óleo de CBD é um produto inteiramente legal e aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o uso medicinal no Brasil, desde que sejam obedecidas as normas estabelecidas para a sua importação.
Conforme adiantado no item 6, se você estiver grávida e pensando em fazer uso do óleo CBD para algum fim medicinal, aconselhamos consultar o seu médico.
O profissional pode oferecer outras formas seguras para melhorar possíveis sintomas e aconselhá-la sobre todos os riscos e efeitos colaterais potenciais do óleo CBD – tanto para você quanto para o seu bebê.
Pesquisas abrangentes sobre mulheres grávidas saudáveis e CBD ainda não existem. Afirmar como ou até mesmo se o consumo de cannabis influencia no desenvolvimento do bebê ainda tem pouco respaldo científico. As pesquisas realizadas até então são limitadas e não ofereceram conclusões definitivas.
Um fato é que a exposição à cannabis de forma fumada pode atrapalhar o desenvolvimento normal do cérebro fetal e aumentar os riscos na gravidez.
Não existem dados que sugiram que o óleo de CBD acarreta os mesmos riscos. Mas mesmo os produtos com doses mais baixas não são considerados seguros durante a gravidez e até mesmo durante a amamentação.
Conforme já explicado, o CBD é um dos compostos encontrados na maconha. Porém, isoladamente, esse canabinóide performa no ser humano de maneira completamente diferente de quando misturado aos inúmeros canabinóides presentes na planta.
Assim, a maconha possui não apenas o CBD, mas também o THC. Isso faz com que o seu uso possa gerar efeitos psicoativos. Porém, o CDB quando utilizado de forma isolada, ou com concentrações baixíssimas de THC, exclui qualquer possibilidade de efeitos alucinógenos por não agir no sistema nervoso central.
Apesar de ser encontrado na maconha, o fato de o CBD ser extraído e refinado de forma isolada faz com que este canabinóide possa ser manipulado para diferentes objetivos. Além disso, quando falamos do óleo de Canabidiol, estamos falando do CBD extraído do tipo de planta do Cânhamo, que pode possuir quantidades baixíssimas de THC, isto é, entre 0.2% e 0,8%, dependendo dos termos legais em cada país.
Depende. O óleo de canabidiol Full Spectrum contém pelo menos traços de THC, devendo respeitar o limite legal estabelecido, que varia dependendo do país.
Isso acontece porque é impossível extrair de forma natural o óleo de CBD sem isolá-lo do THC.
O óleo de CBD Full Spectrum sempre vai possuir traços de THC e é exatamente isso que faz com que contribua com benefícios terapêuticos e medicinais, já que a combinação dos dois canabinóides são complementares e potencializadores.
No Brasil, o óleo de CBD é comercializado com o nível de THC na porcentagem de 0,2%.
O óleo Sintético ou Isolado não possui nem traços THC.
O óleo de CBD e o óleo de cânhamo são bastante confundidos, por parecerem a mesma coisa, porém, eles são diferentes.
As plantas de cânhamo são da espécie Cannabis Ruderalis e contêm CBD em baixíssima concentração de THC (menos de 0,3%). Porém, no Brasil, ainda não existe nenhuma plantação legalizada.
Quase sempre, a porcentagem de THC é tão baixa quanto 0,1%, tornando os brotos de cânhamo incrivelmente seguros para o consumo, sem propriedades psicotrópicas.
Uma das diferenças entre o óleo de cânhamo e o óleo de CBD está na exclusividade do primeiro, que só pode ser extraído de uma planta do espécie cânhamo (Ruderalis), enquanto que o segundo pode ser extraído das três espécies da planta Cannabis, isto é, das espécies Sativa, Indica e da já citada Ruderalis.
Sabemos que os mamíferos, peixes e moluscos possuem um sistema endocanabinóide, isto é, também produzem canabinóides de forma natural. Assim, o óleo de CBD pode ser usado para estes animais.
Semelhante ao funcionamento no ser humano, o CBD auxilia o sistema endocanabinóide em suas demandas físicas quando essa produção não é suficiente, levando a uma melhoria das funções corporais.
Geralmente, o óleo de CBD é extraído da planta e diluído em azeite, pois assim é tolerado melhor por animais. Dessa forma, já existem óleos sendo utilizados em cães, gatos, cavalos e outros animais para diversos fins.
Para saber mais, confira nosso artigo sobre o uso de óleo de canabidiol para animais, seus efeitos, benefícios e efeitos colaterais.
Hoje, o CBD é classificado como uma substância controlada e é possível importá-lo quando obedecida todas as regras estabelecidas pela ANVISA, como, por exemplo, a obrigatória existência de receita médica.
Para comprar o óleo de CBD, o interessado pode importar ou recorrer a uma entidade hospitalar, unidade governamental ligada à área da saúde ou operadora de plano de saúde.
Recentemente ANVISA publicou a Resolução RDC 335, de 24 de janeiro de 2020, que simplificou o procedimento para a importação excepcional.
Referida Resolução estabelece os critérios e os procedimentos para a importação de produto derivado de Cannabis, por pessoa física, para uso próprio, mediante prescrição de profissional legalmente habilitado, para tratamento de saúde.
Assim sendo, fica permitida a importação, por pessoa física, para uso próprio, mediante prescrição de profissional legalmente habilitado para tratamento de saúde, de produto derivado de Cannabis.
Logo, para importação e uso de produto derivado de Cannabis os pacientes devem se cadastrar junto à Anvisa, por meio do formulário eletrônico para a importação e uso de produto derivado de Cannabis, disponível no Portal de Serviços do Governo Federal
A importação do produto também poderá ser intermediada por entidade hospitalar, unidade governamental ligada à área da saúde, operadora de plano de saúde para o atendimento exclusivo e direcionado ao paciente previamente cadastrado na Anvisa, de acordo com a citada Resolução.
Detalhes importantes:
Já existem organizações que conseguiram na justiça o direito de produção de medicamentos à base de canabidiol e também a venda do óleo para os seus associados.
Mais recentemente, a regulamentação de produtos à base de maconha no Brasil foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Com a decisão, produtos feitos com cannabis para uso medicinal podem ser vendidos em farmácias, mediante prescrição médica, e ficam sujeitos à fiscalização da agência.
Apenas pessoas que atendam às exigências estabelecidas pela ANVISA podem importar o óleo full spectrum, que é controlado.
Interessados também podem recorrer a algumas associações que importam o produto para os pacientes, realizando a parte burocrática.
O processo para importação dos medicamentos à base de cannabis para o Brasil foi recentemente simplificado pela ANVISA, a fim de diminuir o lapso temporal entre a entrada no pedido até a chegada do produto.
Vale ressaltar que todas as evidências relacionando o uso dos medicamentos e efeitos terapêuticos no tratamento de muitas doenças são cada vez mais promissoras e comprovadas.
A utilização dos produtos feitos à base de cannabis no Brasil é tema cada vez mais recorrente e ainda deve desenrolar muitas discussões, trazendo cada vez mais conhecimento e melhorias.
Durante o artigo, procuramos aprofundar algumas dessas nuances e detalhes, além de explorar fatos curiosos, desde a extração do óleo de CBD Full Spectrum até benefícios, efeitos, relação com a gravidez, riscos e formas de uso.
Se você ainda tem alguma dúvida referente ao óleo de CBD, deixe nos comentários!
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar na marcação de uma consulta, dar suporte na compra do produto até no acompanhamento do tratamento. Clique aqui.
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