Foto: Freepik
Em linhas gerais, fitoterápicos são medicamentos à base de plantas medicinais ativas que passam por fabricação antes de serem comercializados.
Há uma discussão mundial em torno desse tipo de medicação, uma vez que plantas são usadas para fins medicinais há muitos anos, mas nem em todos os lugares são consideradas soluções benéficas à saúde humana.
De acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), uma planta é considerada medicinal quando possui substâncias que podem prevenir, curar ou tratar doenças. Quando um medicamento é industrializado a partir de uma planta medicinal, este é chamado fitoterápico.
Em 2014, a Agência regulamentou o uso dos fitoterápicos em território nacional e lançou a cartilha “Orientações sobre o uso de fitoterápicos e plantas medicinais”.
A partir da legislação estipulada, todos os medicamentos dessa categoria devem passar por um minucioso controle de qualidade, tais como os fármacos convencionais.
Em conformidade com a maioria dos países que aceitam fitoterápicos, os produtos são padronizados e há controle das substâncias envolvidas no processo, assim como remoção de microrganismos indesejáveis.
Cabe ressaltar que estamos falando de um tipo de uma medicação, portanto, o consumo deve ser feito após consulta com um profissional de saúde. Do outro lado da moeda, apenas os profissionais que conheçam essa terapia e tenham autorização de seus respectivos Conselhos Federais podem receitar fitoterápicos.
Fitoterápicos são produzidos em diversos formatos: comprimidos, cápsulas, pomadas, óleos, infusões e outros. Além disso, podem combinar uma ou mais plantas em sua formulação, as quais comprovadamente são usadas para tratar respectivos fins.
A planta desidratada (seca) é chamada de droga vegetal, enquanto derivados vegetais são os produtos extraídos dela.
Entre os medicamentos mais comuns e regularizados pela Anvisa, podemos citar: alcachofra, boldo, eucalipto, guaco, unha-de-gato e chás, estes últimos preparados necessariamente com a planta seca.
As medicações podem ser usadas para diversas condições de saúde, desde crises alérgicas e tosses à dores lombares ou crônicas. Alguns fitoterápicos também são receitados para diminuir casos de insônia, ansiedade e depressão. Cuidados para a pele também podem ter solução, especialmente queimaduras e inflamações.
Em comparação com os medicamentos convencionais, como comprimidos vendidos em farmácias, os fitoterápicos costumam ser mais baratos e de fácil acesso.
Medicamentos à base de plantas também costumam trazer menos efeitos colaterais, e não causam dependência química. Porém, é importante ressaltar que muitos fitoterápicos funcionam apenas para complementar o tratamento e a auto-medicação não é recomendada.
A cannabis para fins medicinais foi autorizada pela Anvisa em 2015. Desde então, a importação de produtos à base da planta se tornou mais acessível, precisando apenas da receita médica para autorização.
Contudo, esses medicamentos não foram incluídos na lista inicial de fitoterápicos, embora a comunidade médica costume classificá-los assim, já que são produtos à base de uma planta medicinal.
Em abril de 2022, a Agência autorizou a fabricação e comercialização do primeiro fitofármaco à base da planta. Desenvolvido pela farmacêutica brasileira Prati-Donaduzzi, o medicamento segue uma linha de produção que limita o THC (tetrahidrocanabinol) a 0,2% da fórmula, e a compra só pode ser feita com receita.
Para o caso da cannabis, apenas médicos e cirurgiões-dentistas habilitados em seus Conselhos podem fazer prescrições.
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/medicamentos/fitoterapicos
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