O que de fato são os Skunks?

O que de fato são os Skunks?

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As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

Conhecido por ter um teor maior de THC, muitos dizem que se trata de uma “supermaconha”. Mas será que é isso mesmo?

Se você está lendo este artigo, é porque provavelmente já ouviu falar do Skunk, não é mesmo? 

Também conhecido como “super maconha”, ele tem aparecido bastante nos noticiários policiais como uma droga mais potente. Para os fumantes, é apenas uma maconha que não é prensada. 

Mas do que realmente se trata?

Na verdade, ele não passa de uma forma diferente de extração. Há várias formas, como o haxixe, por exemplo.

Qual é o termo correto?

Para entender um pouco mais sobre o Skunk ou Skank, é importante ir mais longe. Como por exemplo, a origem da palavra.

Em inglês, ela significa gambá. Sim, estamos falando daquele animalzinho preto e branco que usa o mau cheiro como mecanismo de defesa.

Quando os primeiros skunks apareceram, através de cruzamentos propositais lá na década de 1970 nos Estados Unidos,  o cheiro forte deles se tornou característico, por isso, começaram a chamá-las assim. 

Portanto, não se trata de uma maconha mais forte, mas tipos diferentes de cepas. No Brasil, essa ideia apareceu por causa do proibicionismo.

Como a maconha é ilegal, a maioria dos consumidores tem acesso apenas ao prensado, que sem uma legislação, pode vir com uma qualidade bem ruim. 

Por isso, quando eles obtêm as flores, que possuem características mais marcantes, como sabor e aroma, a sensação é que se trata de uma maconha mais forte. 

O verdadeiro Skunk

Agora que esclarecemos as coisas, podemos esclarecer como de fato surgiu a Skunk. 

Lá no começo dos cruzamentos propositais, as pessoas que agora chamamos de “growers”, juntaram três tipos de cepas: a Mexican Acapulco Gold, Afghani e Colombian Gold.

Como dissemos, o ambiente também contribui e muito para  o resultado final. Aqui, os growers fizeram o experimento em climas temperados, como o norte da Califórnia e estufas com luzes HID na Holanda. 

Este cruzamento deu origem ao primeiro Skunk. Uma variedade híbrida considerada bastante estável e uma das mais consistentes do mercado até hoje. 

Como já falamos anteriormente, o seu cheiro forte e um pouco azedo deram este nome à nova cepa.

A planta foi um dos primeiros cruzamentos feitos de forma proposital e se tornou uma referência para a produção de novas cepas.

O skunk ainda venceu uma competição chamada Cannabis Cup em 1988 na Holanda e foi a primeira linhagem híbrida a ser comercializada.

Diferenças 

Visto que existem milhares de cepas espalhadas pelo mundo, o Skunk continua sendo um tipo de maconha. 

Contudo, o que muda é a quantidade de tetraidrocanabinol (THC), canabinoide da planta que gera os efeitos alucinógenos. 

Segundo a associação DrugWise, maconhas mais comuns têm uma porcentagem do canabinoide entre 2% a 4%. Algumas cepas podem chegar até a 14%. 

Já as variedades híbridas de Skunk tem um pouco mais. Elas variam de 15% e podem beirar até 30% de THC. 

Portanto, isso mostra que apesar da porcentagem maior, ela não chega a ser 20 ou 30 vezes mais forte que a maconha tradicional. 

Efeitos do Skunk

Talvez você deva estar pensando: essa quantidade pode ser prejudicial? 

Em geral, os efeitos são os mesmos da maconha tradicional. Olhos vermelhos, alterações de memória e coordenação motora.

Contudo, segundo o professor Francisney Nascimento, que dá aula de Medicina e Ciências na Universidade Federal da Integração Latino-Americana em Foz do Iguaçu (UNILA) e estuda o THC, o risco de indução de psicose e síndrome amotivacional aumenta muito. 

“Se for adolescentes déficit cognitivo também pode ser induzido com uso frequente” acrescenta.

Isso não quer dizer que o Skunk seja um perigo para a população. Mas como tudo na vida, a palavra chave é moderação.

Legislação brasileira

No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. 

Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes. 

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