Pauta cada vez mais forte: a comparação entre o Brasil e países legalizados no meio canábico.
Apesar de ainda ser um tema novo, tanto para a sociedade quanto para a medicina, a procura por produtos feitos a base de cannabis vem aumentando cada vez mais, em diversas partes do planeta.
Estudos científicos mostram o poder que os compostos da erva tem no tratamento de várias doenças, algumas delas, sem outros medicamentos que causem efeitos parecidos com o que a cannabis proporciona.
Países como Holanda, Uruguai e Canadá já liberaram o uso da cannabis para todos os fins. A tendência é surgir a legalização em muitas outras nações, que já iniciam o processo de forma oficial.
A informação sobre o assunto e a aprovação de quem consome produtos com canabinóides, vem fazendo com que a procura pelo óleo aumente, impulsionando o mercado, que já figura entre os principais potenciais econômicos para os próximos anos.
Em um período de dois anos (entre 2019 e 2021), houve um aumento de 400% na busca por cannabis medicinal no país. Segundo a UFRJ, o número de solicitações cresceu de 8.552 para 33.796 durante esse intervalo de tempo.
A legalização em outros países e o resultado que os tratamento a base de cannabis, vem aguçando a curiosidade de inúmeras pessoas.
Doenças como Epilepsia, Alzheimer e Artrite Reumatoide são tratadas, em muitos casos, com os óleos extraídos da erva. O Canabidiol (CBD), por exemplo, vem sendo muito explorado dentro desse mercado.
O impacto da cannabis para quem sofre com esses problemas, justifica o aumento da taxa de uso desses medicamentos em idosos. Se antigamente as crianças obtinham mais de 50% de espaço no meio, hoje em dia quem domina a procura são os mais velhos.
Apesar desses números, por falta de legalidade suficiente, o Brasil não pode ser considerado uma potência econômica no âmbito canábico, diferente de outros países, que já projetam lucros astronômicos com a cannabis.
A legalização da cannabis permitiu o crescimento de um inovador mercado, que já registra números altos para esses países.
No Canadá, no primeiro trimestre de 2020, essa indústria correspondia a 0,3% do PIB canadense, o que significa US$5,5 bilhões. Já nos Estados Unidos, que tem apenas o uso medicinal liberado, a previsão é de lucro bilionário até 2028.
E não é só o comércio que deslanchou, já que isso também aconteceu no número de procuras. Em 2021, os norte-americanos registraram 38 milhões de usuários declarados.
O aumento nas buscas e na comercialização não é por acaso. A descriminalização da erva permitiu uma via de mão-dupla entre população e estado, na qual os dois saíram beneficiados.
A tendência, com a legalização, é que mais países possam fornecer melhores tratamentos para os seus habitantes e potencializar um novo mercado, que realmente, veio para ficar.
Gustavo Lentini
Jornalista e produtor de conteúdo da Cannalize. Apaixonado por futebol e pela comunicação.
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