Especialistas em busca de novos tratamentos para transtornos de humor comuns e problemas de saúde mental têm investigado as propriedades antidepressivas e ansiolíticas de drogas como psilocibina e cannabis.
Um dos artigos apresentados na Neuroscience 2022, a reunião anual da Society for Neuroscience e a maior fonte mundial de notícias emergentes sobre ciência do cérebro e saúde, sugere que a cannabis pode ter “efeitos exclusivamente benéficos” em pacientes com transtorno bipolar.
Os transtornos de humor estão entre as doenças mentais mais diagnosticadas em todo o mundo.
Os tratamentos medicamentosos atuais para esses distúrbios, como moduladores de serotonina e benzodiazepínicos, demoram a fazer efeito e, quando o fazem, geralmente possuem efeitos colaterais indesejados.
Além disso, muitas pessoas com depressão, por exemplo, não respondem a remédios convencionais.
Por outro lado, o uso de cannabis é bastante prevalente em pessoas com transtorno bipolar. Muitos relatam que usam cannabis para lidar com problemas de motivação e funcionamento cognitivo.
Neste novo estudo, os pesquisadores exploraram o efeito que a cannabis teve nos comportamentos direcionados a objetivos e na função cognitiva.
Eles descobriram que o uso crônico de cannabis estava associado à melhora em algumas funções cognitivas em pessoas com transtorno bipolar.
Embora há a possibilidade de efeitos negativos a longo prazo, como a estabilidade do humor, o uso crônico de cannabis pode ter efeitos benéficos exclusivos em pessoas com transtorno bipolar, potencialmente reduzindo a atividade dopaminérgica no cérebro.
Os autores do estudo concluíram queO uso crônico de cannabis pode ter efeitos benéficos únicos em pessoas com TB. Estudos anteriores sugerem que algumas pessoas com trasntorno bipolar têm atividade dopaminérgica aumentada devido a uma expressão reduzida do transportador de dopamina.
“O uso crônico de cannabis demonstrou reduzir a liberação de dopamina, portanto, o uso crônico de cannabis pode resultar em um retorno à homeostase da dopamina em pessoas com TB e, consequentemente, normalizar seus déficits em comportamentos direcionados a objetivos. Estamos engajados em estudos adicionais que exploram esse potencial.”
Comentando as descobertas, Lisa Monteggia, diretora da família Barlow do Vanderbilt Brain Institute e professora de farmacologia da Vanderbilt University, que estuda os mecanismos subjacentes à eficácia antidepressiva, disse:
“Como campo, estamos pensando na psilocibina e na cannabis de novas maneiras e não apenas avaliando-os por seu potencial benefício terapêutico, mas investigando como eles exercem seus efeitos no cérebro.
Ela ainda acrescentou que a pesquisa apresentada hoje está contribuindo para a crescente evidência de que esses compostos podem oferecer novos caminhos para o alívio dos sintomas em muitas condições de saúde mental.
A pesquisa foi apoiada por agências nacionais de financiamento, incluindo os Institutos Nacionais de Saúde e organizações de financiamento privado.
Com informações do portal Cannabis Health
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Tainara Cavalcante
Jornalista pela Facom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós doutoranda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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