Liderados por uma instituição norte-americana, os testes já começaram a ser realizados em pessoas com a complicação.
A empresa estadunidense MindMed, responsável por desenvolver terapias psicodélicas para distúrbios de saúde mental, anunciou a realização de uma pesquisa para estudar o LSD como um possível tratamento para a ansiedade.
Os testes já estão em andamento. A biofarmacêutica comunicou na semana passada que dosou o primeiro paciente em um ensaio clínico feito com o MM-120, um composto produzido a partir do ácido lisérgico (LSD).
Esse é o maior estudo controlado que envolve a substância, que de acordo com o Robert Barrow, diretor executivo da companhia, representa “um grande marco para quem sofre de TAG (Transtorno de ansiedade generalizada)”.
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Principais objetivos
Os pesquisadores planejam inscrever 200 participantes para o experimento, que serão divididos em dois grupos: um irá tomar microdoses de MM-120 e o outro uma dosagem de placebo.
Para descobrir se o LSD pode tratar a ansiedade, os responsáveis pela pesquisa têm como objetivo principal determinar uma redução nos sintomas do transtorno nas quatro primeiras semanas do estudo.
Além disso, como medidas secundárias, eles pretendem constatar evoluções em avaliações de segurança, tolerabilidade e qualidade de vida desses pacientes.
“Os resultados de nosso estudo de fase orientarão a seleção de dose e a estratégia de desenvolvimento para nossos principais ensaios clínicos da próxima etapa, à medida que continuamos nossos esforços para trazer um novo potencial tratamento para milhões de pessoas que vivem com TAG”, ressalta Robert em um comunicado enviado à imprensa.
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A volta do LSD
O experimento realizado pela MindMed faz parte do ressurgimento das pesquisas com a substância para fins medicinais.
Nas décadas de 1950 e 1960, o LSD era muito utilizado como material para estudo e tratamento de pacientes com as mais diversas complicações. Porém, devido a sua exploração para fins recreativos, a droga começou a ser tratada como algo negativo e virou um tabu na sociedade.
Esse cenário piorou ainda mais em 1968, quando o composto foi criminalizado nos Estados Unidos, o que encerrou uma grande parte das pesquisas.
Os testes propostos pela biofarmacêutica tem a influência da APA (Associação Psiquiátrica Americana), que encorajou a realização de estudos para descobrir a efetividade de psicodélicos para tratar condições graves de saúde mental.
“A APA apoia a pesquisa contínua e a descoberta terapêutica de agentes psicodélicos com a mesma integridade científica e padrões regulatórios aplicados a outras terapias promissoras na medicina”, afirmou a instituição em um documento oficial.
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Procure um médico
Além do tratamento com psicodélicos, é comprovado que a ansiedade pode ser tratada a partir do uso medicinal da cannabis.
Para conseguir isso, é importante se consultar com um médico prescritor, que poderá indicar qual o melhor caminho para a sua condição.
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