Na África do Sul, novo ensaio clínico testará a eficiência da cannabis para o tratamento de dor crônica

Responsável pelo estudo acredita que a cannabis pode substituir opiáceos que, embora eficazes, podem causar dependência

Com informações de Business Tech

Um ensaio clínico foi lançado recentemente pelo Instituto de Pesquisa em Cannabis da África do Sul, em parceria com a Releaf Cannabis E-Clinics, com o objetivo de observar como a cannabis medicinal trata a dor crônica de pacientes.

A médica responsável pelo estudo, Dra. Shiksha Gallow defende a existência de evidências e estudos que apontam para o “potencial de ser altamente eficaz no controle da dor”, disse Gallow, que pretende apresentar estas evidências a autoridades competentes do país.

O estudo também examinará como a cannabis pode ajudar a tratar o vício em opioides, já que tratamentos para a dor crônica incluem opioides como morfina, oxicodona e codeína.

Gallow observou que, embora os opiáceos possam ser altamente eficazes no controle da dor, com o tempo, o corpo desenvolverá uma tolerância, o que significa que a dose precisa ser aumentada sistematicamente para trazer alívio, o que pode levar à dependência.

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“Os opiáceos estão associados a muitos efeitos colaterais, incluindo sedação, depressão respiratória – e até morte”, disse Gallow. “Com o aumento global do vício em opiáceos, que traz repercussões de longo alcance – de problemas de saúde a questões sociais mais amplas, como crime – a pesquisa será focada em estabelecer uma alternativa mais segura para o tratamento da dor.”

Embora o vício em opioides tenha causado a morte de milhares de pessoas, há evidências de que a cannabis medicinal pode ajudar a tratar a dor crônica sem risco de dependência ou overdose. Bella Dorrington, Pesquisadora Sênior do CRI, acredita que este estudo tem muito potencial para ajudar as pessoas. 

“Este estudo visa enfatizar os benefícios do tratamento com cannabis. A África do Sul está pronta para estabelecer um padrão para a cannabis medicinal no mercado mundial, pois temos recursos, tecnologia e pessoas para fazer isso acontecer”, disse Dorrington.

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