Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Cannabis (Abicann), estima-se que o mercado da planta no país possa atrair US$30 bilhões em 10 anos, além de gerar até 300 mil empregos.
A análise conjectura um rendimento de até metade deste valor na área farmacêutica. Isso porque a associação prevê que 18 milhões de pacientes possam se beneficiar da terapia alternativa.
A Federação das Associações de Cannabis Terapêutica estima que ao menos 50 mil pessoas tenham acesso a produtos e medicamentos de cannabis via importação ou pela produção das associações, legalizadas por liminares.
Número que pode aumentar, caso os preços caiam.
Países com legislações mais flexíveis, como os Estados Unidos, estimam chegar a US$100 bilhões em vendas até 2030, com um crescimento de 28% ao ano.
O valor é um terço da expectativa mundial. De acordo com projeções da farmacêutica Tilary, a cannabis pode movimentar cerca de US$300 milhões no mundo.
Para muitos, o Brasil está atrasado até mesmo em comparação com países da América do Sul. A Colômbia, por exemplo, já atraiu um investimento de mais de US$2,6 bilhões no segmento.
Há até um projeto de lei sobre o assunto, mas que sofre resistências. O PL 399/15 foi aprovado em uma comissão especial na Câmara dos Deputados e já poderia ir para votação no Senado.
Contudo, a oposição conseguiu levantar um requerimento para que a proposta fosse votada por todo o plenário. Agora, resta ao presidente Arthur Lira colocar a pauta em discussão.
Mesmo com uma regulamentação ainda bastante restritiva, o mercado canábico já vê alguns frutos. Só neste ano a farmacêutica Prati-Donaduzzi, por exemplo, faturou 11 milhões de reais com apenas três produtos nas drogarias.
As importações também aumentaram consideravelmente, só na pandemia mais de 33 mil novas pessoas solicitaram uma autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O que fez o órgão tomar novas medidas, como a simplificação dos processos.
Um segmento que só em 2020 rendeu um total de R$80 milhões de reais.
Segundo especialistas, parte desse dinheiro pode ficar aqui no país a partir do próximo ano, quando mais produtos feitos à base da planta começarem a ocupar mais espaço nas prateleiras das farmácias.
Isso porque, até agora, a Anvisa já aprovou oito produtos para a comercialização aqui. Contudo, apenas a Nunature e Prati-Donaduzzi estão de fato nas drogarias. A expectativa é que as demais venham aumentar a concorrência em 2022.
Com informações da revista Istoé Dinheiro
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Facom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós doutoranda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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