Durante o mês de março, todas as atenções se voltam para a saúde ginecológica e a sua relação com a cannabis. Entenda mais sobre isso!
Promovida anualmente pelo Ministério da Saúde, a campanha de conscientização “Março Lilás” foca na importância dos cuidados preventivos com a saúde ginecológica.
Em geral, a campanha tem como objetivo alertar as mulheres sobre a prevenção ao câncer de colo do útero e outras condições ginecológicas.
A prevenção do câncer de colo de útero envolve uma combinação de medidas que incluem vacinação, exames regulares e hábitos saudáveis. Aqui estão as principais estratégias:
O câncer de colo de útero está fortemente associado à infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV), especialmente os tipos 16 e 18.
A vacina contra o HPV é altamente eficaz na prevenção da infecção por esses tipos de vírus.
A vacinação é recomendada para meninas e meninos, geralmente a partir dos 9 anos, e para mulheres e homens até os 26 anos (ou mais, dependendo da orientação médica).
O exame Papanicolau é essencial para detectar alterações precoces nas células do colo do útero que podem evoluir para câncer.
Mulheres entre 25 e 64 anos devem fazer o exame regularmente, conforme a recomendação do médico (geralmente a cada 3 anos após dois exames anuais normais).
Em alguns casos, o teste de HPV pode ser realizado junto com o Papanicolau para identificar a presença do vírus, especialmente em mulheres com mais de 30 anos.
O uso de preservativos durante as relações sexuais reduz o risco de infecção por HPV, embora não elimine completamente o risco, pois o vírus pode estar presente em áreas não cobertas pelo preservativo.
Fumar aumenta o risco de câncer de colo de útero, pois o tabaco prejudica o sistema imunológico e a capacidade do corpo de combater infecções como o HPV.
Ainda que a pesquisa sobre o uso da cannabis medicinal no tratamento do câncer de colo de útero ainda esteja em estágios iniciais, existem muitos estudos disponíveis relacionando aspectos mais gerais da cannabis e dos canabinoides na saúde ginecológica e no tratamento do câncer. Por exemplo:
Vários estudos exploram como os canabinoides (como THC e CBD) afetam células cancerígenas, incluindo a indução de apoptose (morte celular programada), inibição da proliferação celular e redução da angiogênese (formação de novos vasos sanguíneos que alimentam tumores).
Um artigo de revisão publicado na revista Europe PMC (2020) discute os efeitos antitumorais dos canabinoides em diferentes tipos de câncer, incluindo possíveis aplicações no câncer ginecológico.
Título: “The Role of Cannabinoids in the Treatment of Cancer” (Link)
Embora não haja muitos estudos específicos sobre o câncer de colo de útero, alguns pesquisadores investigaram os efeitos dos canabinoides em outros tipos de câncer ginecológico, como o câncer de ovário.
Um estudo publicado na revista Pharmacology Research and Perspectives (2023) explorou o potencial dos canabinoides no tratamento do câncer de ovário, sugerindo que eles podem inibir o crescimento de células cancerígenas.
Título: “Could cannabinoids provide a new hope for ovarian cancer patients?” (Link)
Esta revisão sistemática fez buscas em diversos repositórios científicos usando termos como “mulher“, “cannabis“, “dor pélvica“, “endometriose“, “dor na bexiga” ou “câncer“. A busca foi restrita a artigos em inglês publicados entre janeiro de 1990 e abril de 2021 e encontrou mais de 5 mil artigos e 4 mil citações únicas.
Dados da pesquisa mostraram que a maioria das mulheres relatou que a cannabis melhorou a dor de várias condições ginecológicas.
No entanto, as diferentes formulações de cannabis, métodos de administração e dosagens limitam a interpretação dos estudos e impedem uma declaração definitiva sobre a cannabis para alívio da dor ginecológica.
Título: Medical Cannabis for Gynecologic Pain Conditions: A Systematic Review (Link)
Neoplasias ginecológicas são tumores ou massas que se desenvolvem em órgãos do aparelho reprodutor feminino, como o útero, ovários, vulva, vagina e outros.
Os destaques do estudo apontam que pacientes diagnosticados com neoplasias ginecológicas percebem que a cannabis medicinal alivia diversos sintomas relacionados ao câncer, tem menos efeitos colaterais e contribuem para a redução do uso de opioides no tratamento.
O estudo foi publicado na revista científica Gynecologic Oncology Reports, em novembro de 2020.
Titulo: Prescribed medical cannabis in women with gynecologic malignancies: A single-institution survey-based study (Link)
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Lucas Panoni
Jornalista e produtor de conteúdo na Cannalize. Entusiasta da cultura canábica, artes gráficas, política e meio ambiente. Apaixonado por aprender.
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