Manga Rosa: A maconha que nasceu no Brasil

Manga Rosa: A maconha que nasceu no Brasil

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As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

Eu sei que quando falamos sobre manga rosa, você não pensa mais na fruta, não é mesmo? Mas o que você realmente sabe sobre ela?

Manga Rosa: A maconha que nasceu no Brasil
Arte: Midjourney

Alceu Valença uma vez cantou: “De manga rosa quero o gosto e o sumo”. Talvez ele não estivesse falando da maconha brasileira com o mesmo nome, mas o mundo recreativo tem repetido a canção sem se referir a fruta. 

A manga rosa é uma strain (ou uma cepa) que ficou conhecida não só no Brasil, mas no resto do mundo, além de ser precursora de outros cruzamentos também.

Também conhecida como “Cabeça de Nego” ou “Santa Maria”, a planta nasceu aqui e deu origem a outras strains famosas que conhecemos hoje. 

Mas por que manga rosa?

O nome, segundo alguns afirmam, vem da própria fruta mesmo. Até hoje a manga rosa é muito cultivada no Nordeste e se distingue por causa do seu sabor bem doce bem parecido com a fruta.

Além disso, ela é uma planta alta, pode chegar a dois metros. Suas folhas são longas e finas e as suas flores também fazem jus ao nome, são rosas e avermelhadas.

A planta tem a genética da cannabis sativa e é utilizada principalmente no uso adulto. Quem utiliza a variação da cannabis diz que ela realmente tem cheiro e sabor de manga rosa.

Mas o que é uma strain?

Além do tipo de planta, a cannabis também possui milhares de variações, que além da aparência e do cheiro, podem ter algumas modificações nos níveis de canabinoides e terpenos, o que influencia diretamente no efeito. 

Também conhecidas como cepas, elas interferem tanto na parte recreativa quanto medicinal. As famosas sativa, a indica e a ruderalis, por exemplo, são espécies, que se diferem por suas formas e características.

Já as cepas indicam a linhagem da planta, efeitos específicos ou até aromas marcantes. Tanto que são vendidas de acordo com a preferência do consumidor.

Strains por intenção ou por acidente

Talvez você já tenha ouvido falar de nomes como Lemon Haze ou White Window, certo? Trata-se de cruzamentos e modificações genéticas feitas pelos chamados Breeders ou Growers, geneticistas que estudam as espécies a fim de cultivar uma planta com efeitos específicos.

A manga rosa, por exemplo, é uma strain “por acidente”. A planta se desenvolveu a partir de outras cepas, mas com o clima tropical do Brasil que resultou em uma nova variedade com características únicas.

Efeitos da Manga Rosa

Por causa do seu efeito energizante, é recomendada também como terapia para pacientes que precisam do alívio da cannabis, porém com energia, criatividade e produtividade durante o dia. 

Por isso, é usada para combater o estresse, a falta de energia e dores crônicas, por exemplo. Ela também pode ser útil para dores de cabeça, insônia, falta de apetite e até depressão.

Uma curiosidade é que a cepa realmente possui aromas e sabores bem característicos da manga rosa “literal”. Alguns ainda acrescentam que também pode ter gosto de toranja. 

No entanto, ela não é recomendada para pacientes com ansiedade, depressão ou outras condições relacionadas, pois as altas concentrações de THC (tetrahidrocanabinol) podem agravar os sintomas e até causar paranoia.

Trata-se da substância que provoca os efeitos da famosa “brisa” da maconha. Embora seja muito útil para uma série de condições, é preciso ter cuidado ao usar o composto. 

Flor ou prensado de Manga Rosa?

O que você acha mais apetitoso, um feijão fresco feito no dia ou um feijão enlatado com substâncias que talvez você nem desconfie que contenha?

É claro que a primeira opção, certo? É a mesma coisa quando falamos sobre cannabis. Para ter uma boa experiência com a strain, o ideal é que utilize a flor (e de preferência que saiba da procedência, para não trocar gato por lebre!)

Entretanto, o melhor é evitar o fumo e optar por administrações menos prejudiciais, como a vaporização ou até comestíveis com a strain.

Legislação brasileira

No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. 

Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes. 

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