Os patrocínios agora são bem-vindos para as equipes da organização da MLB, o que pode abrir novas oportunidades de publicidade.
A MLB afirmou em teleconferência de 21 de junho que o Canabidiol (CBD) agora é uma “categoria aprovada”, o que significa que as equipes agora podem ter patrocínios de marcas com a certificação NSF, ou seja uma verificação de que o produto não possui Tetrahidrocanabinol (THC).
O THC é o composto alucinógeno da cannabis.
De acordo com o Sports Business Journal, o diretor financeiro da MLB, Noah Garden, explicou o motivo da mudança. “Estamos observando essa categoria há algum tempo e esperando que ela amadureça até o ponto em que possamos nos sentir confortáveis com ela”, disse Garden.
Recentemente, analistas compartilharam que o mercado de CBD poderia gerar até US $4,9 bilhões em todo o mundo em 2022, com uma projeção de atingir US $47 bilhões até 2028.
O “programa de patches” da MLB, que começou em março de 2022, permite que cada equipe apresente uma marca e logotipo em seus uniformes.
O San Diego Padres foi o primeiro time a abraçar este novo modelo de patrocínio por meio de uma parceria com a Motorola. Com isso em mente, Garden acrescentou que marcas de CBD também poderiam ser apresentadas em um acordo de patch.
“Temos a mente aberta para fazer um acordo, dependendo da marca e do que ela representa”.
O ex-atleta da NBA Kevin Garnett disse, em entrevista ao Sports Business Journal na semana passada, que com o crescimento vigoroso do mercado de CBD, é inevitável ver não só acordos com a NBA, mas também patrocínios nas camisas.
“Veremos o CBD ter um papel mais ativo para educar e informar mais sobre os produtos por meio do esporte. Acho que são produtos disruptivos, que mudam o funcionamento da indústria farmacêutica, além de auxiliar de diversas maneiras no tratamento dos atletas”, completa Garnett.
O vice-presidente de Parcerias Globais do Ultimate Fighting Championship (UFC), Grant Norris-Jones, também falou sobre produtos e marcas de CBD e seus benefícios para os atletas.
“É uma alternativa para produtos viciantes, como analgésicos, opioides e soníferos”, disse Norris-Jones.
Ele comenta, porém, que o grande problema são os diferentes padrões e práticas dos parceiros do UFC com relação a produtos que contém Canabidiol. Leis no Reino Unido são diferentes dos Estados Unidos, por exemplo (sobre lugares onde o UFC é muito forte). No Brasil, nem se fala.
A MLB faz reuniões para discutir a permissão do uso da maconha para atletas há mais de dois anos. Após Tyler Skaggs, jogador de beisebol, ter morrido por overdose de opioides, a organização removeu a cannabis de sua lista de “drogas”.
No entanto, a liga disse que os jogadores ainda podem receber punições se aparecerem sob efeitos de maconha em treinos ou jogos. Ou seja, só CBD.
Arthur Pomares
Jornalista e produtor de conteúdo da Cannalize. Apaixonado por café, futebol e boa música. Axé.
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