Mais THC? Empresa usa biotecnologia para modificar a cannabis 

 Mais THC? Empresa usa biotecnologia para modificar a cannabis 

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As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

No começo do ano, a empresa já havia divulgado que a mesma tecnologia foi capaz de diminuir os níveis do composto consideravelmente. 

Nesta semana, uma empresa de biotecnologia dos Estados Unidos modificou a cannabis para aumentar em até os níveis de Tetrahidrocanabinol (THC), tanto para o uso medicinal quanto adulto. A substância é conhecida por gerar os efeitos alucinógenos da maconha.

Embora estigmatizado, o composto também é útil para condições como Alzheimer, Parkinson e Dores Crônicas

Em parceria com a Texas A&M Agrilife Research, a Growing Together Research Inc., já havia anunciado no início do ano uma modificação da planta para praticamente eliminar o THC e aumentar o nível de Canabidiol (CBD). 

Estima-se que as novas plantas estejam prontas já no próximo quadrimestre de 2022. Elas serão destinadas a ajudar agricultores de cânhamo a não excederem os níveis de THC nas plantações. 

Foto: Freepik

Níveis mais altos de THC

Após exemplificar que é possível diminuir o Tetrahidrocanabinol, a GTR está usando a mesma técnica para aumentar os níveis de THC. A criação dos novos cultivares com alto teor da substância está prevista para dar início até o terceiro trimestre de 2023.

A expressão científica da biotecnologia para modular os níveis de canabinoides da planta, foi nomeada pela empresa de “Delta 9 Dial” e representa um avanço na genética estável de cannabis. 

A empresa ainda promete que os produtores poderão escolher em um “menu de características” para personalizar a genética das plantas. 

“A mesma técnica que estamos usando para criar uma planta de THC silenciada também pode ser usada para modular os níveis de CBD e CBC; qualquer conteúdo de canabinoide que nossos clientes e parceiros estejam procurando”, diz o CEO Samuel E. Proctor em uma entrevista virtual à Forbes. 

Não é um Frankenstein

A fim de potencializar os canabinoides da planta, a indústria vem criando várias cepas com características únicas para fins específicos. Principalmente através do cruzamento de plantas.

Contudo, o CEO da empresa garante que o propósito não é este. “Essa não é a nossa abordagem. Em vez disso, o GTR está introduzindo uma sequência curta de DNA que bloqueia a produção de uma única enzima envolvida em um único ramo da via biossintética dos canabinóides. Não há genes estranhos adicionados de outros organismos.” diz.

Ele ainda complementa que este tipo de biotecnologia está sendo usada para melhorar as dietas, reduzir o número de pesticidas e aumentar o valor nutricional dos alimentos. 

 

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