Com dois meses da lei em vigor, a Secretaria de Saúde, apresentou o primeiro balanço sobre a distribuição de cannabis no estado
Mais de 50 pacientes já receberam o CBD do SUS em SP Foto: Reprodução
Nesta quinta-feira (22), a Secretaria de Saúde de São Paulo mostrou o balanço sobre os sessenta dias de cannabis no SUS paulista. Os dados foram apresentados na Frente Parlamentar de Cannabis e Cânhamo Industrial.
Quem representou a secretaria para mostrar os dados da nova lei foi o médico, coordenador do Grupo de Trabalho que regulamenta a norma e assessor técnico de gabinete, Dr. José Luiz Gomes do Amaral.
Segundo o médico, 53 pacientes já receberam os produtos de CBD (canabidiol) até agora. Os pacientes têm idades de dois a 50 anos, com a maioria das indicações pediátricas.
Os óleos são fornecidos pela farmacêutica Ease Labs, que venceu a licitação.
A lei foi aprovada no começo do ano passado, mas só foi regulamentada em dezembro. Mesmo publicada no Diário Oficial do estado, a resolução só passou a valer em junho.
Hoje, a distribuição da cannabis só contempla pacientes com três tipos de patologias: síndrome de Dravet, Lennox-Gastaut e Complexo Esclerose Tuberosa. Doenças que provocam convulsões.
De acordo com Gomes do Amaral, o número reduzidos de patologias aprovadas é porque a resolução é criteriosa e não restritiva.
“Nós levantamos todas as possíveis indicações médicas para o uso do CBD. Encontramos indicações na psiquiatria, oncologia, neurologia, pediatria, oftalmologia, mas não há como comparar as evidências”, disse.
Segundo ele, é preciso que os estudos sejam padronizados, mas a maioria das cepas utilizadas são diferentes, com concentrações distintas e com pacientes que também não são iguais.
“Procuramos reunir especialistas dessas áreas que tivessem uma vivência do ponto de vista clínico e técnico-científico. Temos várias pesquisas com grupos pequenos e estudos que são relatos de casos, mas não dava para fazer comparações”, disse.
Por outro lado, o médico não descarta a cannabis para outras patologias. Fez questão de deixar claro que não há evidências científicas ainda.
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
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Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduada na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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