Na última semana, o governo alemão concluiu as audiências públicas para um processo de regulamentação da cannabis para o uso adulto no país. Atualmente, apenas o uso medicinal possui uma legislação, e ainda assim é o maior mercado da Europa.
Um projeto de lei já era previsto para o segundo semestre de 2022. O chanceler do país, Olaf Scholz, ainda reiterou a promessa de avanço em uma lei sobre o uso recreativo controlado.
As audiências foram feitas com especialistas em saúde, produtores de cannabis, economistas e com o público para entender qual é a maior alternativa.
Foto: Freepik
De acordo com o governo, a motivação oficial é desmantelar o mercado ilegal, além de controlar a qualidade da droga que circula no país e proteger menores do uso abusivo de substâncias.
“Se fizermos tudo certo, podemos evitar que os adolescentes entrem em uso intensivo. Não queremos repetir os erros que cometemos com o álcool”, disse Burkhardt Bienert, o comissário alemão de narcóticos na quinta-feira 30.
Outra expectativa é que o novo mercado traga benefícios econômicos significativos para o país, que pretende pegar o lugar dos Estados Unidos e se tornar referência para o mundo.
Atualmente o país norte americano possui a maior economia canábica do mundo. Segundo a revista Forbes, mesmo sem uma lei federal, esse comércio já movimentou mais de US$17 bilhões (R$80 bilhões na cotação atual) para os Estados Unidos.
Os números apresentados são significativos. Em 2021, dos US$25 bilhões (R$118 bilhões) faturados pelo mercado legal da erva no território, US$4,5 bilhões vieram dos turistas, que ainda gastaram US$12,6 bilhões em setores adicionais, relacionados à alimentação, ao lazer e a impostos para o governo.
No entanto, de acordo com o Instituto de Economia da Universidade de Düsseldorf, a expectativa é a de que a Alemanha arrecade cerca de 4,7 bilhões de euros (R$2,4 trilhões) por ano em impostos.
Com a regulamentação, a Alemanha se juntará tanto aos Estados Unidos quanto ao Canadá, que também possui um mercado forte para o uso adulto.
Com um caminho sem volta, espera-se que a nova política alemã estimule regulamentações nos países Europeus.
Com informações da Veja
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduada na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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