Maconha só depois dos 25? A ciência explica

Maconha só depois dos 25? A ciência explica

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As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

Será que é melhor esperar? Alguns estudos vêm mostrando que o uso da maconha por adolescentes pode ser prejudicial para o desenvolvimento do cérebro

Maconha só depois dos 25? A ciência explica

A maconha é a droga ilícita mais utilizada não só no Brasil, mas também no mundo todo e consumida por várias faixas etárias, principalmente entre os jovens. Tanto, que o número de consumidores de 12 a 17 anos aumentou para 10,7%.

Mas por causa da ilegalidade, a erva também carrega vários estigmas, como “a porta de entrada para outras drogas” e até a “queima de neurônios”, o que não é verdade. Estudos mostram o contrário, parece que a cannabis estimula as conexões neurais. 

Por outro lado, isso pode não ser bom para jovens e adolescentes. De acordo com estudos, usar a planta não importa muito, mas sim a idade que se começa. 

Estudo

Segundo uma nova pesquisa feita pela Universidade de Melbourne, na Austrália, pessoas que consomem maconha desde novas não são muito boas em aprender e corrigir erros, mesmo que estejam cientes disso. 

A cientista pós-doutorado e principal autora do estudo, Gezelle Dali, escreveu que isso acontece porque quanto mais cedo as pessoas utilizam maconha, maiores são as chances de prejudicar o desempenho. 

“É provável que isso se deva ao fato de que, quando você é jovem, seu cérebro ainda está se desenvolvendo – ele não para de se desenvolver até os 25 anos de idade.”

Mais conexões cerebrais

Parece que quando se é jovem, a conexão entre neurônios é bem mais ativa, mas o estímulo da cannabis pode ser demais, causando confusão mental e falta de motivação. 

De acordo com outra pesquisa publicada na Jama Psychiatry, por exemplo, há a possibilidade de alterações no desenvolvimento do cérebro de adolescentes que utilizam a erva com altas doses de THC (Tetrahidrocanabinol), substância que gera o famoso “barato” da maconha.

Para este estudo, foram analisados dados de ressonância magnética de quase 800 adolescentes ao longo de cinco anos. O uso moderado ou alto da substância tende a reduzir uma área do cérebro envolvida no planejamento, tomada de decisão, memória de trabalho e aprendizagem.

Por outro lado, é importante ressaltar que as pesquisas ainda são insuficientes para bater o martelo. 

E o uso medicinal?

Você deve estar se perguntando: Mas e como o uso medicinal entra na história?

A cannabis tem sido de grande ajuda para crianças e adolescentes com doenças como autismo e epilepsia refratária. Por muitas vezes, a única opção que realmente funciona. 

Por outro lado, os tratamentos contém concentrações de canabinoides específicos. Óleos à base de cannabis, por exemplo, são feitos geralmente com mais CBD (canabidiol) que o THC, uma substância com efeitos diferentes.

Consulte um médico 

É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um médico, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.

Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar na marcação de uma consulta com um médico prescritor, passando pelo processo de importação do produto até o acompanhamento do tratamento. Clique aqui.

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