Maconha prejudica ou não as chances de engravidar? 

Maconha prejudica ou não as chances de engravidar? 

Sobre as colunas

As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

Enquanto as pesquisas ainda apontam resultados variados, os médicos tendem a pedir cautela por parte da família por precaução. 

Em janeiro deste ano a National Institutes of Health (NIH) publicou um estudo que comparava as chances de engravidar entre mulheres que fumam ou não maconha

A conclusão da pesquisa foi a de que as mulheres que testaram positivo para cannabis tinham 40% menos chances de gerar em cada ciclo mensal. Mas o estudo ainda precisava de mais investigações.

Em paralelo, um novo estudo feito pela Escola de Saúde da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, diz o contrário.

Nenhuma mudança

Publicada no  Journal of Epidemiology and Community Health (JECH), 4.194 mulheres com idades entre 21 a 45 anos dos Estados Unidos e Canadá foram convidadas para serem acompanhadas por 12 ciclos. 

O recorte era de mulheres que não usavam anticoncepcionais e tinham parceiros fixos, que também foram chamados para participar das investigações. 1.125 deles toparam.

Os cientistas perceberam que entre 2013 e 2017, aproximadamente 12% das voluntárias e 14% dos homens fizeram o uso da maconha pelo menos, 2 meses antes da conclusão do estudo. 

Contudo, após um ano de acompanhamento, a probabilidade de engravidar foi semelhante entre mulheres que não faziam uso de maconha. 

Então não há relação?

Como no primeiro estudo, os resultados desta pesquisa ainda precisam ser reavaliados. Os autores enfatizaram que as dúvidas sobre os efeitos ainda continuam, pois há também uma série de fatores a considerar.

Como por exemplo, a quantidade de maconha usada, a forma de administração (fumo, vaporização ou comestível) e até a quantidade de tetraidrocanabinol (THC) ingerida. 

Trata-se do principal componente que gera os efeitos alucinógenos da planta.

“Estudos futuros com dados específicos do dia sobre o uso da maconha podem ser mais capazes de distinguir os efeitos agudos dos crônicos e avaliar se os efeitos dependem de outros fatores”, escreveram.

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