Maconha pode diminuir as chances de gravidez, segundo estudo

Maconha pode diminuir as chances de gravidez, segundo estudo

Sobre as colunas

As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

Embora a pesquisa precise de mais investigações, o uso da substância por grávidas e lactantes já é advertido há um tempo.

Você tem vontade de ter filhos? Se sim, saiba que a cannabis pode ser o fator determinante para a não concepção.

Segundo um novo estudo, mulheres que estão tentando engravidar e usam maconha têm menos chances, comparado com as que não usam.

O uso da substância por grávidas ou mulheres amamentando já era contra indicado, mesmo quando o assunto era óleo medicinal. Por isso, os resultados do estudo já eram esperados.

Sobre a pesquisa

O estudo foi feito pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH), com base nas respostas das participantes e testes de urina.

A pesquisa fazia parte de uma investigação mais ampla, que analisou o questionário de 1.200 voluntárias com idades entre 18 a 40 anos que tentavam engravidar, mas tiveram mais de uma perda.

Investigando as causas dos abortos espontâneos, algumas mulheres disseram ter usado maconha ou haxixe semanas antes da gravidez.

Os pesquisadores perceberam que as mulheres adeptas a cannabis recreativa apresentavam diferença nos níveis hormonais reprodutivos. Isso influenciou diretamente nas chances de concepção.

A conclusão do estudo foi a de que as mulheres que testaram positivo para maconha tinham 40% menos chances de gerar em cada ciclo mensal.

Porém a proporção não é regra. 42% das que usavam a planta também engravidaram. Por isso, o uso recreativo não pode ser visto como uma espécie de contraceptivo.

Mais estudos

No entanto, a pesquisa precisa de mais investigações, uma vez que o número de mulheres que usavam a substância, cerca de 5%, era relativamente pequeno em comparação com as demais.

Sem contar que o estudo não levou em consideração se os parceiros também consumiam maconha, o que também pode influenciar.

Contudo o Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas adverte que as mulheres que estão grávidas ou têm chances de engravidar deixem a maconha de lado por um tempo.

Isso porque, segundo a entidade, não há dados suficientes que mostrem quais são as consequências no desenvolvimento do feto.

Dessa forma, caso ter um filho seja o seu plano, é aconselhável deixar a maconha de lado por um tempo, ou pelo menos até termos mais estudos sobre isso.

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