Depois que as pessoas passaram a modificar as cepas de cannabis para aumentar os níveis de Tetrahidrocanabinol (THC), o assunto vem preocupando especialistas.
Pelo menos é o que mostrou um estudo publicado na revista The Lancet Psychiatry na última terça-feira (25).
Trata-se da principal substância que gera os efeitos da maconha, a chamada alta.
Segundo o artigo, à medida que a potência dos produtos à base de cannabis cresceram ao longo dos anos, também subiram as taxas de pessoas que procuram tratamentos para vício.
Para chegar a conclusão, os pesquisadores revisaram cerca de 20 estudos que analisaram mais de 120 mil pessoas.
Segundo os autores, as pessoas que usam cepas mais fortes são mais propensas não só a dependência, como também a ter surtos psicóticos.
Dados que podem ser comparados com o crescimento de pessoas que iniciaram algum tipo de tratamento para a dependência de maconha na última década.
De acordo com European Monitoring Centre for Drugs and Drug Addiction o aumento de pessoas que procuraram ajuda nos últimos 10 anos foi de 76%.
Alguns estudos conduzidos pela mesma equipe da Universidade de Bath, no Reino Unido, já relataram o aumento dos níveis de Tetrahidrocanabinol aumentaram de forma significativa ao longo dos anos.
É o caso das chamadas “super maconhas” ou “skunks”, por exemplo. Por causa da demanda, o próprio mercado de cannabis têm cruzado plantas ou alterado quimicamente as cepas para aumentar os níveis de THC.
Segundo a associação DrugWise, maconhas “comuns” têm uma porcentagem do canabinoide entre 2% a 4%. Algumas cepas podem chegar até a 14%.
Já as variedades híbridas de Skunk tem um pouco mais. Elas variam de 15% e podem beirar até 30% de THC. Portanto, isso mostra que apesar da porcentagem maior, ela não chega a ser 20 ou 30 vezes mais forte que a maconha tradicional.
Atualmente, já é possível encontrar variações do THC que nem estavam na natureza, como Delta-9 e Delta-10.
Contudo, é preciso ter precaução ao usar cepas com níveis maiores do canabinoide, pois como dito por estes e outros estudos, pode ser prejudicial.
“Esses resultados são importantes no contexto da redução de danos que visa minimizar as consequências negativas associadas ao uso de drogas. É importante reconhecer que um número significativo de pessoas em todo o mundo usa cannabis regularmente, e garantir que elas possam tomar decisões informadas para reduzir quaisquer possíveis danos associados”, apontam os autores.
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um médico que, inclusive, poderá indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
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Tainara Cavalcante
Jornalista pela Facom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós doutoranda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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