Sem dúvidas você já ouviu falar da leptospirose, doença transmitida através do xixi do rato. No Brasil, a leptospirose é uma doença endêmica, tornando-se epidêmica em períodos chuvosos, principalmente nas capitais e áreas metropolitanas.
Basicamente, a leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda que resulta da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados pela bactéria Leptospira.
Na maioria dos casos, sua penetração ocorre através da pele com lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou através de mucosas.
O período de incubação, ou seja, tempo entre a infecção da doença até o momento que a pessoa leva para manifestar os sintomas, pode variar de 1 a 30 dias e normalmente ocorre entre 7 a 14 dias após a exposição a situações de risco.
As manifestações clínicas podem variar desde formas assintomáticas e subclínicas até quadros graves, associados a manifestações fulminantes. São divididas em duas fases: fase precoce e fase tardia
Essa doença apresenta alta na incidência em determinadas áreas além do risco de letalidade, que pode chegar a 40% nos casos mais graves.
Sua ocorrência está relacionada às condições precárias de infraestrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados.
Assim como diversas outras doenças causadas por contaminações, a leptospirose também apresenta alguns sintomas.
Os principais da fase precoce são:
Estima-se que cerca de 15% dos pacientes com leptospirose, ocorre a evolução para manifestações clínicas graves, que normalmente iniciam-se após a primeira semana de doença.
Principais sintomas da fase tardia:
Para detectar a leptospirose, é necessário primeiramente analisar os sintomas. Mas a confirmação surge por meio de um exame de sangue.
“Geralmente, tratamentos com derivados de penicilina, um antibiótico, para matar a bactéria. Além disso, o paciente grave precisa ser internado na UTI para receber suporte clínico, realizar hemodiálise e, muitas vezes, fazer ventilação mecânica”, afirma o médico do Oswaldo Cruz.
O médico reforça a importância de procurar auxílio profissional o quanto antes. “A doença tem letalidade relativamente alta. Pode levar a óbito se não for tratada”, alerta.
Atualmente, os números mostram isso: o risco de morte nos quadros graves é de 40%.
Para pessoas que trabalham com profissões de risco, é indispensável usar todos os equipamentos de proteção individual (EPIs) que a ocupação pede:
Agora, se o local onde você mora for atingido por uma enchente, é necessário evitar o contato com a água.
O ideal é permanecer na área em situações de extrema necessidade e sempre que tiver contato com a água da enchente, é preciso lavar as áreas do corpo expostas.
Quando a sujeira baixar, os alimentos, roupas e colchões que molharam devem ser descartados.
São coisas que não dá para higienizar por completo. Agora, móveis e superfícies impermeáveis devem ser limpados com derivados de cloro.
Não existe vacina para a infecção. “Em caso de qualquer sintoma suspeito, vá imediatamente ao pronto-socorro. Quando diagnosticada no início, a doença é mais fácil de curar”, conclui França.
Em casos mais leves da doença, o atendimento é ambulatorial, mas, nos casos graves, a hospitalização deve ser imediata, visando evitar complicações e diminuir a letalidade.
A automedicação não é indicada. Ao suspeitar da doença, a recomendação é procurar um serviço de saúde e relatar o contato com exposição de risco.
Em qualquer período da doença, a antibioticoterapia é indicada, mas sua eficácia costuma ser maior na 1ª semana do início dos sintomas.
Na fase precoce, são utilizados Doxiciclina ou Amoxicilina; para a fase tardia, Penicilina cristalina, Penicilina G cristalina, Ampicilina, Ceftriaxona ou Cefotaxima.
As medidas terapêuticas de suporte devem ser iniciadas precocemente com o objetivo de evitar complicações, principalmente as renais, e óbito.
Bruno Oliveira
Tradutor e produtor de conteúdo do site Cannalize, apaixonado por música, fotografia, esportes radicais e culturas.
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