Legalização da maconha não prejudica o mercado de trabalho, segundo estudo

Legalização da maconha não prejudica o mercado de trabalho, segundo estudo

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A pesquisa publicada já neste ano mostrou que a legalização da maconha não prejudica e até ajuda na geração de empregos 

Foto: Freepik

De acordo com uma nova pesquisa publicada pela NBER (National Bureau of Economic Research), ao contrário do que se defendia, a legalização da maconha não prejudica o mercado de trabalho, mas ajuda a gerar mais empregos. 

Feito por pesquisadores da San Diego State University e da Bentley University, este é o primeiro estudo a analisar o impacto da legalização da maconha nos resultados do mercado de trabalho de pessoas em idade produtiva.

Para desenvolver o artigo, os cientistas exploraram as tendências de mercado em estados dos EUA com e sem a legalização da erva. 

Aumento do setor agrícola

A maior hipótese dos proibicionistas era a de que a legalização da maconha poderia criar problemas na saúde e segurança. Consequentemente, isso iria impactar os resultados dos trabalhadores e oportunidades de emprego. 

“Em vez disso, nossas descobertas mostram algumas evidências de que a adoção da legalização da maconha está associada a pequenos aumentos no emprego, consistente com a abertura de um novo mercado lícito para produzir e cultivar maconha”, diz o artigo. 

Os pesquisadores ainda complementam que em estados que legalizaram a mais tempo, como a Califórnia, o Colorado e o Oregon, ainda é possível enxergar um aumento no trabalho agrícola.

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Novo mercado lícito e inclusivo?

O estudo também encontrou algumas evidências que a legalização da maconha está associada com os ganhos de empregos voltados a hispânicos ou pessoas com mais de 30 anos. 

“Nossas estimativas mostram que a adoção da legalização da maconha recreativa está associada a um aumento no emprego agrícola, consistente com a abertura de um novo mercado lícito”, escreveram.

A pesquisa ainda aponta que a maconha pode impactar mais a economia que a cannabis medicinal, por causa da expansão do acesso à população em geral e aumento da demanda de trabalho.

Benefícios indiretos

A pesquisa também apontou algumas consequências positivas indiretas em estados legalizados.

Como por exemplo, a redução de antecedentes criminais por causa da erva, o que pode ter efeito importante sobre as oportunidades de emprego e renda de jovens com uma propensão maior para uma prisão por porte de maconha, como destacaram.

Ou então, a substituição de outras substâncias que realmente prejudicam a produtividade no trabalho, como opioides, consumo excessivo de álcool e outras drogas.

“Além disso, se a maconha for eficaz para aliviar doenças físicas, aliviar o estresse ou melhorar a saúde psicológica, essas melhorias na saúde podem gerar repercussões positivas no mercado de trabalho”, completou.

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