Ainda que não seja uma doença de notificação obrigatória, estima-se que surjam 500 mil casos novos de gonorreia por ano, cerca de 1,4% na população de 15 a 49 anos.
Mas afinal, o que é gonorreia? Se trata de uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, mais conhecida como gonococo.
Com o poder de afetar tanto a homens quanto a mulheres, é transmitida através do contato sexual. Causado pela bactéria, requer tratamento com antibióticos.
Ela pode ser transmitida em qualquer contato sexual, seja penetração vaginal ou anal, sexo oral e pode ter manifestações em outros órgãos, como na pele, garganta, olhos e articulações.
Ainda existe um estigma que liga a gonorreia a um comportamento, digamos, devasso ou depravado. Mas qualquer pessoa sexualmente ativa que não use camisinha está vulnerável a ela.
Quais os sintomas da gonorreia?
Assim como qualquer outra doença, a gonorreia também apresenta seus sintomas, mas por se tratar de uma IST vamos separar por mulheres e homens.
Sintomas de infecção em mulheres
Em 60% a 70% das mulheres não há sintoma algum, ou seja, é assintomático. Muitas vezes a pessoa só percebe a doença quando o parceiro é diagnosticado. No entanto, mesmo sendo raros, a condição pode ser percebida através dos seguinte sinais:
- Necessidade urgente de urinar;
- Dor ao urinar;
- Secreção vaginal;
- Dor durante a relação sexual;
- Febre.
Apesar de a enfermidade afetar igualmente homens e mulheres, elas costumam sofrer mais por serem assintomáticas, o tempo passa e a doença avança para quadros mais graves.
Sintomas da infecção em homens
Entre os homens, os sinais são mais claros e surgem entre dois a sete dias após contrair a infecção. Geralmente os sinais são:
- Dor ao urinar;
- Corrimento purulento.
Existem fatores de risco?
Alguns fatores considerados de risco podem facilitar a contaminação com a bactéria causadora da gonorreia . Entre eles estão:
- Pouca idade;
- Ter vários parceiros sexuais;
- Ter um parceiro com histórico de qualquer infecção sexualmente transmissível;
- Não usar camisinha durante o ato sexual;
- Uso abusivo de álcool ou de substâncias ilegais, que é um fator de risco para o sexo desprotegido.
Qual a relação entre a gonorreia e a gravidez?
A infecção na gestante coloca em risco a gestação. Além disso, o bebê pode ser infectado durante o parto. Entre as complicações estão:
- Aborto;
- Parto prematuro;
- Conjuntivite gonocócica no parto (inflamação nos olhos do bebê);
- Infecção generalizada na criança.
Existe tratamento?
Quando o assunto é medicação, há dois objetivos no tratamento de uma Infecção sexualmente transmissível (IST), aos quais incluem:
- O primeiro é curar a infecção do indivíduo;
- O segundo é interromper a cadeia de transmissão da doença.
Um acompanhamento após o tratamento é muito importante, principalmente em caso de dor nas articulações, erupções cutâneas ou dores mais fortes na região pélvica ou abdominal.
Exames também devem ser realizados para garantir que a infecção tenha sido curada.
Os parceiros sexuais do paciente com a infecção também devem ser contatados e examinados para evitar futuras transmissões da doença.
Quais são os medicamentos usados durante o tratamento?
Existem alguns medicamentos mais usados para o tratamento de gonorreia, entre eles estão:
- Amoxicilina;
- Amoxil BD;
- Amoxicilina + Clavulanato de Potássio;
- Ampicilina Sódica;
- Azitromicina;
- Bepeben;
- Cefanaxil
- Ceftriaxona Dissódica;
- Ceftriaxona Sódica;
- Ciprofloxacino;
- Doxiciclina;
- Eritromicina;
- Norfloxacino.
Lembrando que somente um médico pode dizer qual o remédio mais indicado para cada caso, da mesma forma que a dosagem correta e a duração do tratamento.