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Saúde e Ciência

Gonorreia: O que é, Causas, Sintomas, Fatores de Risco e Tratamentos 



10/02/2021



Ainda que não seja uma doença de notificação obrigatória, estima-se que surjam 500 mil casos novos de gonorreia por ano, cerca de 1,4% na população de 15 a 49 anos.

Mas afinal, o que é gonorreia? Se trata de uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, mais conhecida como gonococo.

Com o poder de  afetar tanto a homens quanto a mulheres, é transmitida através do contato sexual. Causado pela bactéria, requer tratamento com antibióticos. 

Ela pode ser transmitida em qualquer contato sexual, seja penetração vaginal ou anal, sexo oral e pode ter manifestações em outros órgãos, como na pele, garganta, olhos e articulações.

Ainda existe um estigma que liga a gonorreia a um comportamento, digamos, devasso ou depravado. Mas qualquer pessoa sexualmente ativa que não use camisinha está vulnerável a ela.

Quais os sintomas da gonorreia?

Assim como qualquer outra doença, a gonorreia também apresenta seus sintomas, mas por se tratar de uma IST vamos separar por mulheres e homens.

Sintomas de infecção em mulheres

Em 60% a 70% das mulheres não há sintoma algum, ou seja, é assintomático. Muitas vezes a pessoa só percebe a doença quando o parceiro é diagnosticado. No entanto, mesmo sendo raros, a condição pode ser percebida através dos seguinte sinais:

  • Necessidade urgente de urinar;
  • Dor ao urinar;
  • Secreção vaginal;
  • Dor durante a relação sexual;
  • Febre.

Apesar de a enfermidade afetar igualmente homens e mulheres, elas costumam sofrer mais por serem assintomáticas, o tempo passa e a doença avança para quadros mais graves.

Sintomas da infecção em homens

Entre os homens, os sinais são mais claros e surgem entre dois a sete dias após contrair a infecção. Geralmente os sinais são: 

  • Dor ao urinar;
  • Corrimento purulento.

Existem fatores de risco?

Alguns fatores considerados de risco podem facilitar a contaminação com a bactéria causadora da gonorreia . Entre eles estão:

  • Pouca idade;
  • Ter vários parceiros sexuais;
  • Ter um parceiro com histórico de qualquer infecção sexualmente transmissível;
  • Não usar camisinha durante o ato sexual;
  • Uso abusivo de álcool ou de substâncias ilegais, que é um fator de risco para o sexo desprotegido.

Qual a relação entre a gonorreia e a gravidez?

A infecção na gestante coloca em risco a gestação. Além disso, o bebê pode ser infectado durante o parto. Entre as complicações estão:

  • Aborto;
  • Parto prematuro;
  • Conjuntivite gonocócica no parto (inflamação nos olhos do bebê);
  • Infecção generalizada na criança.

Existe tratamento?

Quando o assunto é medicação, há dois objetivos no tratamento de uma Infecção sexualmente transmissível (IST), aos quais incluem: 

  • O primeiro é curar a infecção do indivíduo;
  • O segundo é interromper a cadeia de transmissão da doença.

Um acompanhamento após o tratamento é muito importante, principalmente em caso de dor nas articulações, erupções cutâneas ou dores mais fortes na região pélvica ou abdominal. 

Exames também devem ser realizados para garantir que a infecção tenha sido curada.

Os parceiros sexuais do paciente com a infecção também devem ser contatados e examinados para evitar futuras transmissões da doença.

Quais são os medicamentos usados durante o tratamento?

Existem alguns medicamentos mais usados para o tratamento de gonorreia, entre eles estão:

  • Amoxicilina;
  • Amoxil BD;
  • Amoxicilina + Clavulanato de Potássio;
  • Ampicilina Sódica;
  • Azitromicina;
  • Bepeben;
  • Cefanaxil
  • Ceftriaxona Dissódica;
  • Ceftriaxona Sódica;
  • Ciprofloxacino;
  • Doxiciclina;
  • Eritromicina;
  • Norfloxacino.

Lembrando que somente um médico pode dizer qual o remédio mais indicado para cada caso, da mesma forma que a dosagem correta e a duração do tratamento.

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Bruno Oliveira

Tradutor e produtor de conteúdo do site Cannalize, apaixonado por música, fotografia, esportes radicais e culturas.