Condenado por desviar R$515 mil, ex-sócio e diretor da empresa no Brasil pode ter desviado quase R$3milhões
Fraude de ex sócio da USA Hemp pode ser ainda maior
Na última semana, o Tribunal de Justiça de Goiás sentenciou o ex-diretor e ex-sócio e diretor da USA Hemp no Brasil, Gustavo Fernandes Mara, por furto qualificado e fraude continuada contra a empresa.
De acordo com o processo, os crimes, cometidos em 2022 e 2023, envolviam notas fiscais frias para desviar fundos da companhia. A investigação identificou 110 notas que simulavam serviços não prestados por empresas ligadas ao funcionário, além de compras feitas no cartão corporativo.
Sócios da filial no país descobriram o golpe após perceberem que alguns valores não batiam. Quando a fundadora da empresa, Corina Silva, recebeu a informação, ela voltou ao Brasil e contratou uma auditoria para acompanhar o caso de perto
“Não batiam os valores que a gente vendia com as prestações de contas. (…) E como a gente estava longe, confiávamos muito (nele). Mas a gente tinha alguma noção do quanto era enviado por mês ao Brasil e do quanto se vendia, então daí surgiram as primeiras suspeitas”, relata.
Segundo o processo, Gustavo Mara foi condenado pelo desvio de R$ 515 mil, com base em documentação e evidências diretas apresentadas. Contudo, a auditoria contratada apurou um valor ainda maior, na casa de R$ 2,5 milhões a R$ 2,9 milhões.
Dessa forma, Corina Silva acrescenta que esse processo não é o único e que a empresa já entrou com outras ações por supostos pagamentos por serviços não prestados, uso indevido do cartão corporativo e até empréstimos próprios.
“Isso, para a gente (a condenação), já é uma vitória muito grande, porque esse é só um dos processos”, acrescenta a fundadora.
Embora o rombo seja grande, Corina disse que o ocorrido não abalou a estrutura da empresa, que segue funcionando normalmente. “Mas, se fosse um negócio que estivesse começando, talvez teria falido”, acrescenta.
Nesta primeira ação, o juiz Fábio Vinícius Borsato, da 5ª Vara dos Crimes de Ordem Tributária de Goiás, condenou o ex-sócio a três anos e quatro meses em regime aberto, substituindo a pena por serviços comunitários e pagamento de um salário mínimo a entidades sem fins lucrativos.
“Revoltante, né? Porque, quando a gente olha para um lado, um pai de família rouba um alimento no supermercado para comer, ele vai preso e ali não tem nenhum advogado para defendê-lo, né? Ele tem que esperar uma disposição do Ministério Público. E a gente vê que, infelizmente, o crime no Brasil ainda compensa”, complementa.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduada na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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