A pesquisa mostrou que a substância contida na cannabis tem capacidades antioxidantes que podem ser úteis para retardar a mortalidade em pessoas com a condição.
Segundo um estudo publicado no mês passado na Revista Neurology, a taxa de mortalidade em pessoas com Parkinson que consomem alimentos ricos em flavonoides é menor que as que não consomem.
Trata-se de uma substância presente em várias, frutas, verduras e plantas, como cacau, brócolis, frutas vermelhas e claro, na cannabis. Eles são responsáveis pelo que vemos através dos sentidos.
Por outro lado, os componentes também são antioxidantes e podem ser capazes de retardar a perda de neurônios, além de proteger contra o declínio cognitivo e depressão, bastante associados à mortalidade.
Como o estudo foi feito
O trabalho foi feito com 652 homens e 599 mulheres ao longo de 34 anos. Uma parcela dos pacientes revelou que ingeriam alimentos ricos em flavonoides regularmente, como chá, laranja e maçã.
“Queríamos explorar se a ingestão de flavonoides poderia estar ligada a uma melhor sobrevivência em indivíduos que já haviam sido diagnosticados com Parkinson”, disse um dos autores, Xiang Gao.
Ao analisar as idades e dietas, os pesquisadores perceberam que 25% das pessoas que ingeriram níveis maiores da substância tinham até 70% mais chances de viver por mais tempo.
Efeito comitiva
Isso pode ser útil no efeito sinérgico do óleo de cannabis. O chamado extrato da planta inteira, utiliza tanto os canabinoides, como o Canabidiol (CBD) e o Tetrahidrocanabinol (THC), quanto outras substâncias, como os flavonoides.
A junção dos elementos auxiliam na potencialização dos efeitos da planta, que também é usada para tratar o Parkinson.
De maneira simples, ela pode ser eficaz para a redução dos sintomas pois ela ajuda a regular as alterações químicas que acontecem com a redução dos níveis da dopamina do cérebro.
A cannabis tem uma função neuroprotetora, que auxilia tanto nas atividades motoras quanto não motoras.