Única candidata a citar a planta, tem menos de 1% de intenção de voto e trata o caso como segurança pública e não saúde!
Como sabemos, a cannabis medicinal é uma poderosa aliada para o tratamento de diversas doenças. Mesmo assim, este assunto não parece ser prioridade de campanha para os principais candidatos na corrida presidencial. Nem prioridade e nem nada!
Em entrevista ao jornal O Globo na última sexta-feira (23), a senadora Mara Gabrilli (PSDB), vice da presidenciável Simone Tebet (MDB), defendeu o uso controlado do canabidiol para doenças raras, autismo, epilepsia e outras indicações médicas, bem como a distribuição gratuita do medicamento através do SUS (Sistema Único de Saúde).
“Nosso esforço, da Simone e meu, é tornar a legislação sobre a produção de remédios com cannabis a mais segura possível, controlada, sem desvio de finalidade”, disse a candidata na entrevista.
Mas algo mudou desde a declaração da senadora aspirante à vice.
A pauta ficou de fora do plano de governo oficial e Tebet declinou de levar o assunto para frente.
No documento, as ideias para a área da saúde priorizam apenas as políticas de assistência social e investimentos em ciência e tecnologia voltadas para a desburocratização do atendimento em hospitais.
A maconha medicinal parece ser um tabu para todos os principais presidenciáveis, pois não é citada em nenhum plano de governo oficial.
Na contramão dos candidatos mais populares, Sofia Manzano (PCB) é a única presidenciável que cita em seu plano de governo a legalização da cannabis, não como um tema de saúde, mas sim de segurança pública e sem entrar em detalhes sobre o como viabilizaria sua proposta. A candidata comunista tem menos de 1% das intenções de voto, segundo a última pesquisa do Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica).
Candidatos à eleição e reeleição de partidos diferentes se juntaram para criar uma bancada específica sobre o tema e lançar um manifesto que visa instigar a discussão da cannabis no congresso.
Proposto pela candidata a deputada federal Maisa Diniz (Rede), a chamada Bancada da Cannabis é formada por integrantes de sete partidos diferentes em vários estados.
O grupo defende a necessidade de ampliação do debate acerca da legalização da cannabis no Congresso Nacional como tema central para o mandato 2023-2026.
Até o momento, a principal proposta para uma regulamentação da cannabis no país é o PL 399/15, que visa o cultivo e o comércio da cannabis no Brasil, mas exclui o uso adulto.
A proposta foi aprovada em uma comissão especial e já poderia ir direto para o Senado, mas através de um recurso feito pelo deputado Diego Garcia (Podemos-PR), ela voltou para Câmara dos Deputados e aguarda que o presidente do Plenário, Arthur Lira (Progressistas) coloque em pauta.
Há estados e municípios em que a distribuição de cannabis de cannabis para pessoas sem o acesso já é uma realidade, como no Rio Grande do Norte e Goiânia, em Goiás.
É importante ressaltar que qualquer uso de cannabis precisa ser prescrito por um médico, que poderá indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
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Lucas Panoni
Jornalista e produtor de conteúdo na Cannalize. Entusiasta da cultura canábica, artes gráficas, política e meio ambiente. Apaixonado por aprender.
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