Os dois compostos mais conhecidos da planta são o canabidiol (CBD) e o tetrahidrocanabinol (THC) que foram isolados em 1963 e 1964, que levou os pesquisadores a explorar mais o sistema endocanabinóide, presente no corpo humano.
Os receptores deste sistema são distribuídos no cérebro e no corpo humano, e são considerados responsáveis por várias funções que respondem aos endocanabinoides (substâncias do tipo de cannabis normalmente produzidas pelo corpo humano).
As funções do sistema endocanabinoide são alteradas pela ingestão de substâncias externas, incluindo a planta cannabis, mesmo em sua forma natural como erva.
O CBD e THC têm efeitos sobre os nossos sistemas agindo como dois medicamentos diferentes: O CBD não induz a intoxicação e diminui os efeitos do THC, causando uma diminuição na pressão sanguínea e a frequência cardíaca.
Por outro lado, o THC causa euforia e aumenta a pressão sanguínea e a frequência cardíaca. Este composto é responsável pelos efeitos intoxicantes.
Tradicionalmente, a cannabis, é preparada e consumida através do fumo, ao qual tem duas subespécies, a cannabis indica e a cannabis sativa.
Elas podem ser diferenciadas através de suas características físicas. As cepas dominantes na índica tem pontas curtas, com folhas verdes escuras e largas e com maior teor de CBD do que a planta sativa, que tem nível mais alto de THC.
As cepas dominantes na sativa são geralmente mais altas e tem folhas finas com uma cor verde e pálida. Devido ao seu alto nível de tetrahidrocanabinol, a cannabis sativa é a escolha preferida dos usuários recreacionais.
Nas plantas, os canabinóides são sintetizados e acumulados como ácidos canabinóides, mas quando o produto da planta é seco, armazenado e aquecido, os ácidos descarboxilam gradualmente em suas formas apropriadas, como o CBD ou THC.
As preparações farmacêuticas de cannabis geralmente oferecem oportunidades aos consumidores de controlar as taxas de CBD e THC e também as quantidades.
Esse novo recurso faz da cannabis uma nova alternativa bem-vinda para os médicos receitarem, principalmente para doenças crônicas. Eles estão familiarizando com o aprendizado de novos medicamentos e a titulação de prescrições para efetivar e tolerar indivíduos.
A cannabis tem muitos efeitos que podem variar entre os usuários frequentes e os que nem consomem tanto. Podem incluir ainda, sintomas de intoxicação, euforia, alterações nos sensores do corpo, distorções cognitivas e perceptivas, ansiedade, tontura, e aumento no apetite.
Em termos de processos cognitivos, há evidências de que a exposição aguda a cannabis prejudica a atenção, consolidação e recuperação da memória, aprendizado e funções executivas.A intoxicação aguda da cannabis em jovens saudáveis, causa tempos de reação mais lentos, prejudicando a percepção e a inibição.
O uso crônico da cannabis recreativa pode também levar ao o que é chamado de síndrome motivacional, caracterizada por apatia, falta de motivação e baixo desempenho educacional.
Um dos principais efeitos adversos da cannabis é o desenvolvimento do transtorno de uso, caracterizado por um forte desejo de consumir cannabis, usando quantidades maiores do que o pretendido.
É importante fazer uma distinção de cannabis medicinal e recreativa. O uso recreacional da planta não é livre de riscos. Os regulamentos para seu uso deve ser semelhante ao álcool e tabaco.
Os usuários devem ter idade suficiente para entender os perigos que o uso abusivo da cannabis pode causar, afetando a sua saúde mental e física. E os fornecedores também devem garantir a qualidade e a higiene na linha de produção.
Abaixo, estão alguns dos fatores importantes para ter em mente no momento de decisão para o uso de cannabis recreacional.
Apesar do uso recreativo de cannabis ser muito praticado no Brasil, permanece proibido por motivos óbvios: a proibição da cannabis, com o risco de ser preso simplesmente por cultivar uma planta. A pena para flagrante, pode levar de até 15 anos de prisão.
Para uso medicinal, somente mediante a autorização judicial e a importação só pode ser feita com a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). O cultivo deve ser feito com autorização da justiça estadual, seguindo uma série de requisitos.
Referências:
Bruno Oliveira
Tradutor e produtor de conteúdo do site Cannalize, apaixonado por música, fotografia, esportes radicais e culturas.
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