O Dia Nacional da Farmácia é comemorado em 5 de agosto e exalta um setor que está crescendo no Brasil. Segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), a receita das 26 redes que integram seu grupo aumentou 17,4% entre os três primeiros semestres de 2021 e de 2022. Ao todo, o faturamento foi de mais de R$58 bilhões.
No primeiro trimestre de 2022, houve crescimento de R$ 18,24 bilhões na receita e alta de 14,7% em relação ao mesmo período em 2021. Em relação aos medicamentos e soluções de saúde presentes no país, a venda de produtos à base de cannabis cresceu 342,3% desde 2018.
Pensando em todos esses dados, a Cannect inaugurou em maio do ano passado a primeira farmácia brasileira especializada em cannabis medicinal.
Passado pouco mais de um ano, a unidade, que está localizada em Maringá (Paraná), comercializa nove produtos à base de cannabinoides. Todos são aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e estão regularizados dentro das normas da RDC 327/2019, que permite a fabricação destes produtos no Brasil, assim como sua comercialização em farmácias.
A unidade foi criada para facilitar o acesso aos produtos aprovados pela Anvisa. De acordo com o CEO e fundador da Cannect, Allan Paiotti, ter uma farmácia especializada que funciona online e presencialmente ajuda o paciente com suas dúvidas que não podem ser atendidas em uma rede tradicional.
“Uma loja online ajuda a tornar o acesso à cannabis mais simples em qualquer lugar do país, mesmo fora de grandes centros urbanos. Isso tem tudo a ver com a missão da Cannect de tornar a cannabis mais acessível”, explicou.
Hoje a farmácia comercializa seus produtos com prazo de entrega de até 72 horas. É uma alternativa para pessoas de cidades menores, onde o custo de importação fica mais caro, e também para quem tem mais urgência em começar o tratamento. Além disso, o contato com os pacientes é mais veloz, assim como a resposta para os problemas, segundo a farmacêutica Tayara Andressa, que administra a farmácia.
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“A questão do nosso trabalho é impactar vidas a curto, médio e longo prazo e sempre estar disponível. Temos pacientes da farmácia que começam os tratamentos aqui e depois migram para os importados que demoram mais para chegar”, afirmou Tayara.
Ela também esclarece que diferentemente dos produtos importados, os pacientes podem ter acesso a todas as etapas do rastreamento, uma vez que o produto já está no Brasil e não precisa passar pela fiscalização. Esses medicamentos também não precisam de autorização da Anvisa, porque eles já foram registrados para comercialização local.
Medicamentos aprovados pela Anvisa são de venda controlada e precisam de receita assinada por um profissional.
Para comprá-los, é necessário que essa receita seja azul ou amarela. A diferença entre as duas está na cor e na simbologia: amarelas constam uma letra A e azuis uma letra B. Além disso, os produtos categorizados como receita azul possuem até 0,2% de THC (tetrahidrocanabiol), enquanto a amarela permite uma concentração maior deste componente. Até o momento, a farmácia da Cannect ainda não recebeu produtos que correspondem à receita amarela.
“Uma exigência que a gente faz ao paciente é ter prescrição azul e informar alguns dados pessoais, como nome e endereço de entrega. Mas não haverá nenhum impeditivo por parte da Anvisa porque tudo estará com nota fiscal, receita e informações do fabricante”, explicou a farmacêutica.
Uma dúvida comum entre os pacientes é em relação à validade destas receitas para viagens internacionais, uma vez que não há certificação da Anvisa que possa ser checada em outros países. A orientação da Cannect é que os pacientes levem uma cópia da prescrição, pois ela comprova que o uso dos derivados de cannabis é para fins medicinais.
Tayara nasceu em Ponta Grossa e se mudou para Maringá aos sete anos. Formou-se em Farmácia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e trabalhou na Droga Raia. Sua experiência na área contribuiu para que o conhecimento adquirido sobre cannabis medicinal pudesse combinar com o trabalho na Cannect.
“Eu tenho uma rotina bem estabelecida e acho que organização faz as coisas fluírem. Como sou só eu, consigo administrar os softwares específicos, montar os relatórios quando vira o mês, saber a validades dos laudos. Pessoas de fora costumam achar que é só um espaço físico à parte da Cannect, mas na verdade ele precisa de muita documentação e cuidado porque estamos trabalhando com produtos controlados”.
Jornalismo Cannect
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