Estudo sugere que a descriminalização da maconha reduziu  a desigualdade racial de presos

Estudo sugere que a descriminalização da maconha reduziu  a desigualdade racial de presos

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Apesar da necessidade de mais investigações, a pesquisa mostrou uma diminuição de 17% da disparidade racial.

Um novo estudo feito pela Universidade da Califórnia em San Diego sugere que a política de descriminalização da maconha reduziu a desigualdade racial nas prisões por porte da substância. 

Publicada na revista acadêmica Social Science & Medicine e revisada por pares, a pesquisa levantou dados do FBI Uniform Crime Report de 37 estados dos EUA de 2000 a 2019 para chegar a conclusão.

De acordo com as informações levantadas, as taxas de detenção por porte de maconha caíram cerca de 70% entre os adultos e mais de 40% entre os jovens após a descriminalização em 11 estados americanos.

Redução da desigualdade racial

A disparidade racial diminuiu cerca de 17% as taxas de prisões entre negros e brancos. Contudo, divulgado pela Forbes, o estudo pontuou que negros ainda têm mais possibilidade de serem detidos por posse de maconha que pessoas brancas. 

Por isso, a análise sugere que a descriminalização da cannabis foi associada a uma queda nas taxas de prisões. Principalmente se tratando da forma recreativa, que parece ser um dos fatores decisivos para a queda da quantidade de detentos.

Os pesquisadores ainda destacaram que por mais que as leis sobre o assunto variam de estado a estado, a redução geral das taxas levam a um impacto federal de disparidade racial nas prisões. 

Mais investigações

No entanto, a pesquisa precisa de mais investigações, uma vez que a maioria dos estados dos EUA legalizou a cannabis depois de 2016, enquanto o período de análise terminou em 2019.

Portanto, os pesquisadores não puderam avaliar se a causa de declínio nos números se deu pelo comportamento individual de cada pessoa ou a mudança de comportamento entre os policiais.

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