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Saúde e Ciência

Redução de medicamentos ligada à legalização da maconha



11/05/2022


A pesquisa avaliou a mudança em 10 estados norte-americanos durante seis anos. Os resultados foram significativos para pelo menos, quatro condições médicas. 

De acordo com um novo artigo publicado na revista Health Economics, a legalização da maconha está associada à diminuição de medicamentos prescritos para  pelo menos quatro patologias. 

O estudo dimensiona o impacto do uso adulto da maconha em 10 estados dos Estados Unidos, além de Washington D.C durante seis anos (2011 a 2019). A pesquisa também limitou a análise para um leque de seis condições.

No fim, o levantamento mostrou que o consumo legal da erva reduziu de forma considerável o uso de remédios para o tratamento de ansiedade, insônia, dor e até convulsões

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Foto: Unsplash

As descobertas indicam que esse comportamento está ligado a um acesso mais amplo da cannabis, tanto para o uso adulto quanto medicinal. 

Redução de custos

A condição mais impactada foi a dor, com uma redução de até 12% na compra de remédios prescritos. Seguido de ansiedade, psicose e sono com uma diminuição de 11% e convulsões, cerca de 10% a menos no uso de medicamentos. 

Os resultados “sugerem a substituição de medicamentos prescritos e potenciais economias de custos para os programas estaduais do Medicaid”, escreveram os pesquisadores.

Por outro lado, o artigo também destacou que não foram identificadas mudanças significativas na compra de remédios para condições como glaucoma, náuseas e espasticidade, embora a cannabis também sirva para tratar estas condições.

Há uma dose terapêutica?

Outro assunto posto em pauta foi uma possível redução de danos, uma vez que alguns remédios prescritos podem ser prejudiciais –como os opioides, por exemplo.

De acordo com Shyam Raman, pesquisador da Universidade de Cornell e coautor do artigo ao portal Marijuana Moment, as leis também mudam o comportamento do consumidor, embora “ainda não temos uma noção do que realmente é uma ‘dose’ terapêutica de cannabis”, diz.

Por isso, ele diz que é preciso expandir a pesquisa a nível federal sobre maconha.

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Tainara Cavalcante

Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.