Até o momento, não se sabia exatamente como os endocanabinoides se moviam no organismo. O estudo pode ajudar a entender novas formas de comunicação entre as células
Estudo revela como os endocanabinoides viajam pelo cérebro
Até hoje, não se sabia exatamente como os endocanabinoides do corpo humano se movimentavam pelo organismo. Contudo, segundo cientistas da Universidade de Leiden, na Holanda, parece que o mistério foi solucionado.
A cannabis também produz substâncias que desempenham um papel crucial na comunicação entre as células nervosas, influenciando funções como dor, humor e memória.
Se na cannabis um dos principais canabinoides é o CBD (canabidiol), no corpo é o 2-AG (2-araquidonoilglicerol), por exemplo.
O que se sabe até agora, é que os compostos trabalham através do Sistema Endocanabinoide. Por meio de receptores, eles sinalizam quando algo estava errado e precisa ser corrigido.
Entretanto, os cientistas ainda não compreendem totalmente como isso acontece.
Diferentemente de neurotransmissores, como a dopamina e a serotonina, que atuam diretamente entre os neurônios, parece que os endocanabinoides viajam por meio de outras estruturas para chegar até o seu destino.
Os pesquisadores descobriram que o 2-AG não se move livremente entre as células nervosas, como se pensava anteriormente. Em vez disso, ele é transportado dentro de pequenas “bolsas” chamadas microvesículas, que são liberadas pelas células sob demanda.
Ou seja, as moléculas utilizam vesículas de gordura como meio de transporte. E é assim que elas se movimentam e ajudam a regular a percepção da dor, do humor e do apetite.
Os cientistas utilizaram um sensor fluorescente desenvolvido por pesquisadores chineses, que emite luz ao detectar o endocanabinoide. Com isso, eles puderam observar em tempo real como o 2-AG é liberado e transportado pelas microvesículas.
Além disso, ainda realizaram experimentos em fatias de tecido cerebral para confirmar que esse mecanismo também ocorre no cérebro intacto.
Os cientistias ainda desenvolveram um modelo matemático para descrever quantitativamente esse processo, indicando que a formação das microvesículas é o passo limitante na liberação do 2-AG.
Essa descoberta revela uma nova forma de comunicação entre as células nervosas. Entender o funcionamento do 2-AG permite que pesquisadores abram caminho para novas abordagens terapêuticas em condições neurológicas, como dor crônica e distúrbios do humor.
Além disso, os pesquisadores sugerem que o cérebro possa transportar outros mensageiros lipídicos de maneira semelhante, o que amplia nosso conhecimento sobre a comunicação neuronal.
“Entender como esse sistema funciona pode nos ajudar a desenvolver tratamentos para doenças neurológicas e compreender como a cannabis exógena [da planta] nos afeta”, diz Mario van der Stelt, químico e coordenador do estudo.
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Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduada na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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