A ideia é usar as sobras de produtos plantações de cannabis medicinal para fazer pesticidas mais sustentáveis e naturais
Estudo: Cientistas farão pesticidas a partir de resíduos
O laboratório InnovPlantProtect, em parceria com a Universidade Nova de Lisboa, em Portugal, irá conduzir um estudo um tanto quanto inusitado: a transformação de resíduos de produtos de cannabis em pesticidas biológicos e sustentáveis.
O objetivo é aproveitar sobras que iriam para a compostagem ou incineração para a extração dos compostos que possam ser usados em formulações contra pragas, o que ajudaria a controlar, por exemplo, duas doenças que afetam as oliveiras.
A ideia foi uma das vencedoras da 6ª edição do Programa Promove da Fundação “La Caixa” e receberá um suporte financeiro de 150 mil euros (mais de R$900 mil) para a condução da pesquisa.
A proposta é utilizar solventes sustentáveis para extrair os compostos bioativos das folhas, dos caules e até da raiz da planta. O estudo vai analisar se os compostos ali presentes “têm uma bioatividade muito específica”, ou seja, se apresentam propriedades antibacterianas e antifúngicas.
Há duas doenças do olival que estão na mira dos cientistas, a gafa e a tuberculose (ou ronha da oliveira). Doenças que estão dando dor de cabeça nos agricultores, incluindo a empresa AGR Global, parceira do projeto.
A gafa, por exemplo, é causada por fungos do gênero Colletotrichum e afecta sobretudo os frutos: as azeitonas começam por apresentar manchas, depois ficam com aspecto engelhado e acabam por cair prematuramente.
Já a tuberculose é causada por uma bactéria chamada Pseudomonas savastanoi, que se aloja nas feridas dos troncos ou galhos, desencadeando a formação de tumores. As oliveiras doentes tendem a ficar mais frágeis e os seus frutos a adquirir um certo sabor amargo.
Ana Rita Duarte, investigadora do Laboratório Associado para a Química Verde da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, argumenta que as soluções que existem hoje no mercado não são eficazes contra as doenças, por isso, é necessário buscar novas alternativas.
De acordo com Cristina Azevedo, diretora do departamento de novos pesticidas biológicos da InnovPlantProtect em um comunicado, o desenvolvimento de biopesticidas feitos a partir de subprodutos pode contribuir para a redução do uso de pesticidas.
A Comissão Europeia havia proposto a redução pela metade da utilização de pesticidas químicos tradicionais até 2030.
Com informações do portal Público
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Redação
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