Estudantes vencem competição com alternativa ao CBD

Canabidiol sem CBD? A alternativa ao CBD busca ampliar o acesso à substância sem os entraves burocráticos do cultivo de cannabis no Brasil

Foto: Reprodução / Youtube

Estudantes da USP (Universidade de São Paulo) de Lorena, conquistaram o primeiro lugar em uma competição internacional de biologia sintética. O projeto é uma alternativa ao sustentável e mais acessível para a produção de CBD (canabidiol).

A equipe desenvolveu um método que utiliza leveduras geneticamente modificadas para sintetizar o composto. O canabidiol é amplamente utilizado no tratamento de condições como epilepsia, ansiedade e dores crônicas.

Então, o projeto batizado de “SynBioCBD“, busca superar os desafios atuais da produção de canabidiol, que depende majoritariamente do cultivo da planta Cannabis sativa. Trata-se de um processo caro e sujeito a regulamentações que ainda não existem no país.

A solução proposta pela equipe da USP utiliza técnicas de biologia sintética para inserir genes específicos em leveduras. O que permitiu que esses microrganismos produzam o canabidiol de forma mais eficiente e em larga escala.

Ampliação do acesso

A vitória no iGEM (International Genetically Engineered Machine), competição realizada em Paris, na França, destacou não apenas a inovação científica, mas também o impacto social do projeto.

Além disso, a equipe enfatizou que a produção alternativa de CBD pode reduzir custos e ampliar o acesso ao composto. O que pode beneficiar pacientes que dependem de tratamentos à base da substância.

O grupo é formado por estudantes de graduação e pós-graduação de diversos cursos, como Engenharia Química, Biotecnologia e Ciências Biológicas, e contou com a orientação de professores da USP.

O próximo passo da equipe é buscar parcerias e financiamento para avançar no desenvolvimento do projeto, com o objetivo de torná-lo viável comercialmente e, assim, contribuir para a democratização do acesso ao canabidiol.

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