Tavarres King, estrela da NFL (principal liga de futebol americano do mundo), afirmou que 80% dos jogadores da liga fazem uso de cannabis. Seja adulto ou medicinal.
Se fosse perguntado há alguns anos, se esporte e cannabis poderiam combinar, certamente a resposta seria não.
Porém, com cada vez mais visibilidade para o tema, e cada vez mais estudo, cada vez mais resultados. É perceptível que o uso da cannabis pode auxiliar — e muito — os esportistas.
O tratamento medicinal com cannabis, por exemplo, pode ajudar atletas de elite na recuperação de lesões e aliviar a pressão que eles enfrentam por terem que lidar com vitórias e derrotas diariamente.
Nas temporadas 2020/2021 e 2021/2022 (atual), testes de drogas com erva foram suspensos sob a alegação de “circunstâncias incomuns da pandemia”.
Em tempos normais, se um jogador testar positivo para cannabis pela primeira vez, terá que participar de um programa de tratamento antidrogas.
Se testar positivo pela segunda vez, o atleta recebe uma multa.
Testou positivo pela terceira vez, suspensão de cinco jogos.
Em 2021, Alex Caruso, habilidoso armador do Chicago Bulls (na época no Los Angeles Lakers), foi detido no Texas por posse de menos de cinco gramas de maconha. Teve que pagar uma fiança de três mil dólares (15 mil reais). Pela liga, nenhuma punição.
Em 2019, a NFL adotou diversas políticas para entender melhor o efeito da cannabis em seus atletas: pesquisas sobre produtos comestíveis, óleos e vaporizadores.
Os “chefes” da liga queriam encontrar potenciais ferramentas que auxiliassem no processo de recuperação dos jogadores.
O Comitê de Gestão da Dor se reuniu com fabricantes de medicamentos com cannabis, para entender seu potencial, efeitos e benefícios.
A liga, inclusive, investiu um milhão de dólares para a pesquisa do canabidiol e a dor. Eles buscam soluções para que o tratamento de lesões seja mais eficaz.
Em 2020, a liga e a associação dos atletas fizeram um Acordo de Negociação Coletiva de dez anos, incluindo uma mudança positiva no que diz respeito ao tratamento com a cannabis pelos jogadores.
Segundo o acordo, os jogadores não poderão mais ser suspensos por testarem positivo para Tetrahidrocanabinol (THC) no organismo.
A National Hockey League já não coloca mais a cannabis na lista de substâncias proibidas, mas segue testando o nível de THC no organismo dos atletas.
Se o teste eventualmente der positivo, a liga não punirá o atleta. Porém, se os níveis de THC estiverem anormalmente altos, os médicos da liga recomendam o tratamento.
No fim de 2019, a Major League Baseball anunciou de forma oficial que havia chegado a um acordo com a associação dos atletas e iria remover a cannabis, o THC e o Canabidiol (CBD) da lista de drogas proibidas pela entidade.
A partir de fevereiro de 2020, segundo a MLB, “a conduta relacionada à maconha será tratada da mesma forma que a conduta relacionada ao álcool”.
A conduta comentada acima inclui avaliação obrigatória, tratamento voluntário e disciplina potencial. A Liga advertiu seus atletas sobre disputarem os jogos sob efeito de qualquer substância.
A Agência Antidoping dos Estados Unidos e o UFC anunciaram, no início de 2021, que não haveria mais punições para os lutadores que testassem positivo para THC.
Antigamente, os atletas eram testados antes de cada luta.
Arthur Pomares
Jornalista e produtor de conteúdo da Cannalize. Apaixonado por café, futebol e boa música. Axé.
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