Os tratamentos feitos com derivados da planta surgem como alternativa para uma complicação de saúde comum em mulheres
Há dois anos, a cantora Anitta preocupou os seus fãs por um problema que foge dos palcos: o diagnóstico de endometriose. Trata-se de um distúrbio caracterizado pela modificação no funcionamento das células que revestem o útero.
A doença é bem comum no país. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), cerca de 15% das mulheres brasileiras sofrem com a condição, algo em torno de sete milhões de pessoas.
A notícia foi revelada pela própria influenciadora por meio das suas redes sociais. No Twitter, ela ressaltou as dificuldades enfrentadas e chegou a afirmar que gritava de dor enquanto trabalhava.
ENDOMETRIOSE: saio dessa experiência desejando que todas as mulheres do mundo tenham mais acesso ao diagnóstico e entendimento dessa doença que afeta tanta gente mas é, ao mesmo tempo, tão pouco falada. pic.twitter.com/K6Yy1h4Tlt
— Anitta (@Anitta) July 25, 2022
Leia mais: Endometriose: causas e sintomas
Anitta foi submetida a uma cirurgia devido a complicação. De acordo com o boletim médico, a cantora realizou um “procedimento minimamente invasivo para tratar da endometriose”.
A operação foi concluída com sucesso, sem grandes intervenções. Agora, já em alta, ela está em recuperação em sua casa e deve ficar afastada dos compromissos por um tempo.
“Não posso fazer muito esforço por um mês. Tive que cancelar muita coisa, mas era isso ou morrer de dor. Precisávamos agir rápido, fiquei nove anos nesse sofrimento”, ressaltou em entrevista para uma reportagem do programa Fantástico.
Anitta ainda agradeceu os seus fãs por todo o apoio recebido durante o procedimento:
“Na verdade, foram vocês que me fizeram ficar forte até o fim. É muito para processar”, afirmou em comunicado nas suas redes sociais.
Confira também: Aumenta o número de mulheres que tratam os sintomas da menopausa com cannabis
Sim, tratamentos com a cannabis podem ajudar em casos de endometriose. A terapêutica inclusive, tem se mostrado efetiva e é cada vez mais prescrita por ginecologistas.
De acordo com especialistas, mulheres com a doença podem apresentar uma queda nos receptores do Sistema Endocanabinoide, responsável por equilibrar várias funções básicas do organismo.
A relação com a cannabis passa por ela atuar, justamente, nesse sistema, como uma espécie de reforço para a sua regulação. Segundo a revista científica Journal of Molecular Endocrinology, as propriedades da planta podem regular a migração e a proliferação de células do endométrio, por exemplo.
Com relação aos sintomas, as pacientes relatam uma melhora nas dores, depressão, ansiedade e até a redução do uso de medicamentos convencionais, o que inclui opioides e contraceptivos orais, que geram uma série de efeitos colaterais.
Segundo a médica Juliana Paiva, há várias pesquisas que mostram o grande potencial dos canabinoides para a saúde íntima das mulheres. Trata-se das substâncias presentes na cannabis com potenciais terapêuticos, como o CBD (canabidiol) e o THC (tetrahidrocanabinol).
“Temos estudos atuais que mostram que a cannabis pode auxiliar tanto em quadros patológicos, como nas dores das cólicas, nas alterações de humor do ciclo menstrual e também como tópico, na saúde da região íntima feminina”, acrescenta.
A médica complementa que a cannabis tem sido útil até para pacientes na menopausa, ou que tenham alterações locais, trazendo uma melhora da saúde íntima.
Para ela, a cannabis pode ser uma alternativa para expandir o prazer da relação íntima. “É um resgate que vale muito a pena, uma medicina tradicional que está se provando muito útil para a saúde íntima da mulher de hoje.” Diz.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde achar um prescritor até o processo de compra do produto.
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Gustavo Lentini
Jornalista e produtor de conteúdo da Cannalize. Apaixonado por futebol e pela comunicação.
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