Nos últimos dias a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), por meio do Diário Oficial da União, publicou uma nota, dizendo que está fiscalizando os sites que vendem produtos à base de cannabis no Brasil.
A agência argumentou que o procedimento é com base na proibição de propagandas de produtos derivados da planta.
Chamadas de “medidas preventivas de fiscalização”, o órgão já abriu uma ação contra duas empresas que vendem óleos da planta no país.
De acordo com a Anvisa, as empresas Cantera e Tudo Legal violam o artigo 12 da Resolução 327, aprovada em 2019 e que entrou em vigor em março do ano passado.
A referência apresentada diz que “é proibida qualquer publicidade dos produtos de Cannabis”.
Para o Blog Cannabiz, escrito pelo Ricardo Amorim, a Anvisa disse que não permite qualquer exposição e venda de medicamentos por meio da internet por importadoras, esse trabalho só pode ser feito por farmácias.
Ainda acrescentou que as importadoras não possuem autorização de funcionamento para viabilizar medicamentos.
E que a compra remota só pode ser feita nas farmácias abertas ao público com um farmacêutico à disposição no horário de funcionamento.
Outro argumento usado pela agência é o de que é vedada a propaganda, publicidade e até a utilização de imagens de remédios com prescrição médica.
Isso quer dizer que nenhum site no Brasil poderia veicular imagens ou informações sobre produtos à base de cannabis.
Para driblar as regras, as importadoras poderiam, por exemplo, trocar o domínio dos seus sites de “.com.br” para apenas “.com”, assim estariam fora do alcance da Anvisa.
Mas esta não é a solução. Várias empresas se indignaram com a posição do órgão e buscam respaldo jurídico para continuar trabalhando.
Ainda segundo o Blog da Veja, a importadora Cantera negou qualquer tipo de propaganda ou publicidade sobre remédios à base da planta.
Também ressaltou que as suas atividades estão de acordo com a Resolução 335/2020, que fala sobre os critérios para a importação por pessoas físicas.
Fontes do setor disseram que as medidas tomadas vão totalmente contra a ideia da Resolução 327, que tinha o intuito de tornar o produto mais acessível.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduada na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
Inscreva-se grátis na nossa Newsletter!
Texas pode liberar cannabis para dor crônica
MP determina afastamento de diretores da ABRACE
Alesp discute Cannabis Medicinal na Odontologia
Limite de THC em cânhamo preocupa fazendeiros e associações
Brasil vai regulamentar cultivo de cânhamo até setembro
Associação médica publica consenso sobre anestesia em usuários de cannabis
Copyright 2019/2023 Cannalize – Todos os direitos reservados
Solicitação de remoção de imagem
Termos e Condições de Uso