Com certeza você já ouviu falar sobre infecção sexualmente transmissível (IST) ou até conhece algum caso de perto. Mas você sabia que existem diversos tipos de infecções desse tipo, como a Donovanose por exemplo. Vamos entender melhor sobre.
Basicamente, a donovanose, muito conhecida também como granuloma venéreo ou granuloma inguinal, é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria chamada Klebsiella granulomatis, antigamente conhecida como Claymmatobacterium granulomatis.
Essa bactéria atinge a região genital, virilha e região anal e leva ao aparecimento de lesões ulcerosas na região.
Na grande maioria, essa infecção está presente em regiões como:
A doença foi descrita pela primeira vez em 1882, na cidade de Madra, Índia.
No ano de 1905, um médico irlandês chamado Charles Donovan relatou a presença de microrganismos intracelulares em amostras de úlceras, sendo que a doença recebeu esse nome em sua homenagem.
Durante sua descoberta, a bactéria passou por um período de incubação que varia de 3 dias a 6 meses, apresentando uma média de 7 a 30 dias do período de exposição até o surgimento das lesões.
No início, é perceptível uma lesão nodular localizada no subcutâneo que progride para ulceração com fundo granulomatoso, aspecto vermelho intenso, com borda plana ou hipertrófica, bem delimitada.
Em seguida, pode se tornar vegetante ou ulcero-vegetante; pode ser uma lesão isolada ou múltipla.
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos.
Elas são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de preservativos masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada.
A transmissão de uma IST também pode ocorrer por meio da transmissão vertical para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação, quando medidas de prevenção não são realizadas.
De maneira menos comum, as IST também podem ser transmitidas por meio não sexual, pelo contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas.
O tratamento das pessoas com IST melhora a qualidade de vida e interrompe a cadeia de transmissão dessas infecções. O atendimento, o diagnóstico e o tratamento são gratuitos nos serviços de saúde do SUS.
A terminologia Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) passou a ser adotada em substituição à expressão Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) porque destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo não apresentando sinais e sintomas.
Os sintomas da donovanose podem surgir 30 dias a 6 meses após o contato com a bactéria, sendo os principais:
É importante que assim que forem identificados sinais e sintomas de donovanose, a pessoa consulte o urologista ou ginecologista para que seja feito o diagnóstico e iniciado o tratamento adequado.
O diagnóstico consiste na avaliação dos sintomas apresentados e análise microbiológica da ferida ou de uma parte do tecido afetado, sendo necessário para isso realizar uma biópsia.
O ideal é que o tratamento seja feito de acordo com a orientação médica, sendo normalmente recomendado o uso de antibióticos específicos, por um período de até 3 semanas.
O uso do antibiótico é feito com o objetivo de combater a infecção e promover a recuperação das lesões, além de prevenir infecções secundárias.
Em casos de lesões mais extensas, pode ser recomendada a remoção da lesão por meio de cirurgia.
Além disso, durante e após o tratamento é importante realizar exames periódicos para que se possa verificar como o organismo está reagindo ao tratamento e se as bactérias estão conseguindo ser eliminadas.
É indicado também que a pessoa que está em tratamento não tenha relações sexuais até que não sejam identificadas bactérias, para evitar o possível contágio de outras pessoas.
Assim como os tratamentos após a descoberta de infecção, a prevenção também é muito importante e é feita através do uso de preservativo em qualquer tipo de contato íntimo.
Outra forma de prevenção é manter a região íntima limpa, a fim de evitar infecções e feridas, além de facilitar a cicatrização completa.
É importante verificar se o ferimento está protegido com o preservativo, pois se a ferida exposta entrar em contato com o parceiro, é possível haver a transmissão da bactéria responsável pela doença.
Evitar o contato íntimo enquanto ainda existirem sintomas da doença é primordial para a prevenção da donovanose.
Realizar o auto-exame dos órgãos genitais, observando se o cheiro, cor, aparência e pele possuem alguma anormalidade, ajudam a identificar mais rápido a existência da donovanose e fazer a intervenção médica da forma mais breve possível.
Bruno Oliveira
Tradutor e produtor de conteúdo do site Cannalize, apaixonado por música, fotografia, esportes radicais e culturas.
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