Dislexia: O que é, Tipos, Causas, Características e Tratamentos

Dislexia: O que é, Tipos, Causas, Características e Tratamentos

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Você já ouviu falar ou conhece alguém que tenha dislexia? Embora não tenha cura, a dislexia pode ser controlada com estratégias adequadas, que vão da psicologia à fonoaudiologia. Conheça a condição e seus sinais.

Mas afinal, o que é a dislexia? Basicamente é um distúrbio genético que dificulta o aprendizado e a realização da leitura e da escrita.

De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia, a dislexia está presente entre 5% e 17% da população mundial, podendo afetar a área visual e auditiva.

Na maioria dos casos, é diagnosticada já na infância durante o período de alfabetização, embora também possa ser diagnosticada na fase adulta. 

Esta condição possui 3 graus que são divididos da seguinte forma:

  • Leve;
  • Moderado; 
  • Grave.

Apesar de ser percebido nas salas de aula, um estudo apresentado na Associação Britânica de Dislexia afirma que cerca de 70% dos profissionais das áreas de saúde e educação têm pouco conhecimento sobre essa condição.

Tipos de Dislexia

Quando se trata de dislexia, ela é dividida em alguns tipos, abaixo vamos falar sobre o 3 principais. 

Dislexia visual: Dificuldades em diferenciar os lados direito e esquerdo, erros na leitura devido à má visualização das palavras

 

Dislexia auditiva: Acontece devido a carência de percepção dos sons, o que também acarreta dificuldades com a fala

 

Dislexia mista: É a união de dois ou mais tipos de dislexia. Com isso, o portador poderá ter, por exemplo, dificuldades visuais e auditivas ao mesmo tempo.

Principais Características 

A maioria dos disléxicos exibirá alguns traços e comportamentos. As características podem variar de dia-a-dia ou minuto-a-minuto. A coisa mais consistente sobre disléxicos é a sua inconsistência.

Entre os comportamentos na primeira infância estão:

  • Dispersão;
  • Falta de atenção;
  • Dificuldade na fala e linguagem;
  • Dificuldade em aprender canções;
  • Atraso na coordenação motora;
  • Desinteresse por livros.

A partir dos 7 anos de idade (fase escolar):

  • Dificuldade na aquisição e automatização da leitura e escrita;
  • Desatenção;
  • Dispersão;
  • Dificuldade em copiar de livros e lousa;
  • Desorganização geral (dificuldade em manusear mapas, dicionários);
  • Dificuldade em ler em voz alta e compreender aquilo que foi lido;
  • Baixa estima.

Fase adulta:

  • Demorar muito tempo a ler um livro;
  • Ao ler, saltar os finais das palavras;
  • Dificuldade em pensar o que escrever;
  • Dificuldade em fazer anotações;
  • Dificuldade em seguir o que os outros dizem e com sequências;
  • Dificuldade no cálculo mental e na gestão do tempo;
  • Renitência em escrever, por exemplo, mensagens;
  • Dificuldade em compreender adequadamente o sentido de um texto;
  • Necessidade de reler várias vezes o mesmo texto para o compreender;
  • Dificuldade na escrita, com erros de trocas de letras e esquecimento ou confusão em relação à pontuação e gramática;
  • Confundir instruções ou números de telefone, por exemplo;
  • Dificuldade no planejamento, organização e manejo do tempo ou tarefas.

Mas existe uma causa?

Assim como diversas outras condições, muitos se perguntam se existem causas específicas.

Geralmente, as causas de dislexia estão relacionadas com fatores genéticos, desenvolvimento tardio do sistema nervoso central, problemas nas estruturas do cérebro e comunicação pouco eficaz entre alguns neurônios. No entanto, isso não afeta a inteligência da criança.

Possíveis tratamentos

Basicamente, o tratamento consiste em um trabalho multidisciplinar específico para as dificuldades apresentadas, desenvolvendo as habilidades básicas contando com a participação da família e da escola.

Para que tudo ocorra bem, é necessário um criterioso cuidado na adaptação das atividades escolares e métodos de ensino, o que pode diminuir a frequência de alguns sinais.


Dois métodos de alfabetização em particular podem ser utilizados no tratamento da dislexia, que são: 

Fônico: indicado para crianças mais jovens e preferencialmente deve ser introduzido logo no início da alfabetização.

Multissensorial: multissensorial é indicado para crianças mais velhas, que já passaram por tentativas de alfabetização. 

Vale lembrar que mesmo com estas intervenções, a Dislexia não é uma doença e sim um transtorno, que pode demandar adaptações por toda a vida, e que exigirão acompanhamento constante.

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