Para Rafael Arcuri, o impasse jurídico que paralisa os setores poderia ser convertido em “oportunidade para criar legislações mais progressistas e equilibradas”
Rafael Arcuri, advogado e diretor da ANC (Associação Nacional do Cânhamo). Foto: Reprodução
Em um artigo opinativo publicado no portal Jota nesta quarta-feira (26), o advogado e diretor executivo da ANC (Associação Nacional do Cânhamo), Rafael Arcuri, traça um paralelo entre os setores da cannabis e das apostas esportivas.
Arcuri entende que ambos os mercados habitam uma “zona cinzenta”, suspensos em lacunas legais e políticas, e defende que ambos podem gerar “novas fontes de receita e renda”, desde que acompanhada de medidas para prevenir vícios e promover a segurança e a saúde pública.
“A questão não é mais se essas indústrias serão legalizadas, mas como e quando. O impasse jurídico que hoje parece paralisar a indústria de jogos e a produção de cannabis poderia ser convertido em uma oportunidade para criar legislações mais progressistas e equilibradas, capazes de aproveitar o potencial econômico desses setores e proteger a sociedade dos riscos associados a eles”, diz o artigo.
Para Rafael Arcuri, a legalização da cannabis é crucial para se formar um ambiente favorável aos avanços econômicos deste mercado. O advogado acredita que o apoio de grandes empresas do setor a esta demanda política é um forte respaldo neste sentido.
“Este envolvimento poderia acelerar o processo, ao mesmo tempo em que ajudaria a mitigar as preocupações sobre a segurança e a regulamentação adequada. O mesmo poderia acontecer com o apoio do agronegócio e da indústria de alimentos – dois grandes beneficiários da legalização do cultivo do cânhamo” escreve o diretor.
Em maio deste ano, durante a palestra “Cannabis: o Ouro Verde do Agrobusiness”, que aconteceu na segunda edição da Medical Cannabis Fair, em São Paulo, Rafael Arcuri se posicionou contra a importação de produtos de cannabis, argumentando que a produção nacional pode ser mais vantajosa a longo prazo.
“É questão de soberania nacional e conhecimento tecnológico. Importar é subsidiar o desenvolvimento tecnológico de países alheios, deixando o mercado brasileiro à mercê de um cenário geopolítico. Estamos ficando atrasados, precisamos de pensamento estratégico”, disse Arcuri, durante o evento.
Além disso, segundo um apontamento da Kaya Mind, empresa especializada em dados do setor canábico, com a regulamentação da produção, o cânhamo no Brasil poderia chegar a mais de 15 mil hectares de área plantada, e rentabilidade de R$ 4,9 bilhões, arrecadando R$ 330,1 milhões em impostos.
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Lucas Panoni
Jornalista e produtor de conteúdo na Cannalize. Entusiasta da cultura canábica, artes gráficas, política e meio ambiente. Apaixonado por aprender.
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