O deputado de 82 anos demonstra sintomas leves e relata resultados positivos com o tratamento: “Tudo melhorou bastante”
Veio a público nesta terça-feira (19) a notícia de que o deputado Eduardo Suplicy, de 82 anos, foi diagnosticado com Parkinson. A informação foi publicada pela jornalista Mônica Bérgamo em sua coluna na Folha de S. Paulo.
Segundo a colunista, a doença está em estágio inicial e com sintomas leves. O deputado esteve presente na ExpoCannabis, no último final de semana, e mesmo demonstrando tremores, caminhou firmemente pela feira.
“Estou muito entusiasmado com a presença significativa das pessoas e sobretudo das associações que utilizam a cannabis para fins medicinais” disse o deputado em entrevista à Cannalize.
“Eu estava com certos tremores nas mãos, especificamente na hora de comer, de segurar os talheres. Tinha também dores musculares na perna esquerda”, disse o deputado à coluna.
A colunista ainda revelou que o deputado está sendo tratado com canabidiol, além do Prolopa, remédio tradicionalmente administrado contra o Parkinson. Suplicy está tomando cinco gotas de CBD no café da manhã, cinco gotas à tarde e outras cinco no período noturno.
“Eu não me dei conta de que tinha Parkinson. Só mais tarde, conversando com a doutora Luana Oliveira, é que fui percebendo alguns sintomas”. A neurologista é do núcleo de Cannabis Medicinal do hospital Sírio-Libanês, segundo informações da Folha.
À colunista Mônica Bérgamo, o deputado relatou resultados positivos com o tratamento. “Tudo melhorou bastante. A dor na perna sumiu. O tremor, na hora de comer, melhorou. Tenho caminhado com firmeza”, respondeu.
O que é Parkinson?
Parkinson é uma doença degenerativa, crônica e progressiva do sistema nervoso central, que afeta principalmente o cérebro, prejudica a coordenação motora e provoca tremores, além de causar dor e afetar o sono e o humor.
Sua causa é a diminuição intensa da produção do neurotransmissor dopamina, substância química que ajuda na transmissão de mensagens entre as células nervosas.
A dopamina ajuda a realizar os movimentos voluntários do corpo de forma automática, ou seja, não precisamos pensar em cada movimento que nossos músculos realizam graças à presença dessa substância em nossos cérebros.
Como a cannabis pode ajudar?
Produtos com extratos da planta podem ser uma alternativas, principalmente, para o combate aos tremores e à dor.
Pessoas com Parkinson têm menos receptores CB1 do que pessoas que não apresentam a doença. A cannabis é capaz de estimular esses receptores, promovendo diminuição dos tremores e aliviando a discinesia (distúrbio da atividade motora) dos pacientes.
Já os receptores CB2 fornecem benefícios neuroprotetores e vêm sendo estudados como aliados para retardar a progressão da doença.
Lucas Panoni
Jornalista e produtor de conteúdo na Cannalize. Entusiasta da cultura canábica, artes gráficas, política e meio ambiente. Apaixonado por aprender.
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